Antídio Aleixo Lunelli, deputado estadual
À medida que nos aproximamos do encerramento do ano legislativo de 2024, é hora de refletirmos sobre um tema essencial que afeta diretamente a vida de cada cidadão brasileiro: a gestão pública. Depois de mais de quatro décadas dedicados à iniciativa privada, minha entrada na vida pública foi motivada pela necessidade de contribuir para transformar a forma como o Estado administra os recursos que pertencem a todos nós.
O Brasil é uma nação repleta de riquezas naturais e de um povo trabalhador, criativo e resiliente. Porém, enfrentamos graves ineficiências no uso dos recursos públicos. A má gestão não apenas limita nosso desenvolvimento, mas também prejudica diretamente a qualidade de vida das pessoas. Obras que nunca terminam, serviços públicos de baixa qualidade e recursos que são investidos sem critérios técnicos, sem visão de longo prazo.
Defendo uma reforma administrativa que modernize o Estado, valorize a meritocracia e elimine privilégios. O objetivo deve sempre ser colocar o cidadão no centro das decisões e transformar a máquina pública em uma ferramenta eficiente, que sirva à população e não o contrário.
Isso exige investimentos prioritários que tragam retorno para a sociedade, como infraestrutura que conecte cidades e gere negócios, tecnologia que desburocratize processos, e saúde e educação que garantam dignidade e abram perspectivas de uma vida melhor.
Comparando o Brasil com países mais desenvolvidos, como Suíça, Suécia e Austrália, vemos que a máquina pública brasileira é desproporcionalmente cara e ineficiente. Aqui ainda lidamos com altos custos operacionais, excesso de burocracia e corrupção e contrapartida pequena ao cidadão.
Ao contrário do que querem os governos populistas, não se trata de gastar mais, mas de gastar melhor. Devemos adotar uma nova filosofia de gestão pública, que incorpore valores consolidados na iniciativa privada: busca por resultados, inovação contínua e compromisso com a excelência.
No setor privado, desperdício e ineficiência não são tolerados. Essa mesma lógica deve ser aplicada à gestão pública. Como meu pai costumava dizer: “Quando lidamos com nosso dinheiro, temos que cuidar muito. Mas, quando administramos o dinheiro dos outros, devemos cuidar dez vezes mais.”
Esse aprendizado me guia na vida pública. É fundamental que cada processo seja bem definido, cada projeto tenha metas claras, e cada real investido seja destinado a melhorar a vida dos cidadãos. Só assim conseguiremos superar os gargalos que atrasam nosso desenvolvimento.
