Terminei o chimarrão, suspirei e me dei por abatido. Mas não me havia uma razão para justificar a “queda de pressão”… Estava me sentindo sem graça, ponto. De repente, me veio à lembrança a minha caixa de sapatos cheia de frases. Pensei: vou tirar, num sorteio, duas frases e vou tomá-las como remédio. Decisão tomada, abri o armário, puxei a caixa, pus a mão, tirei a primeira frase e busquei a segunda. Só depois de tê-las na mão, já separadas das outras, foi lê-las, estava ansioso para saber que sopapos elas me dariam. A primeira frase, anônima, dizia assim: – “Se queres ser feliz amanhã, tenta hoje mesmo”. Pô, eu não estava pensando em ser feliz amanhã, estava chateado no momento. Mas foi ler a frase e uma outra, bem antiga, me ocorreu, aquela que diz que só temos na vida o “aqui e agora”. Pensar em ser feliz amanhã é tolice das bravas, não existe o amanhã, me diga, quem está neste momento vivendo o amanhã? Estamos vivendo o hoje, que é o amanhã de ontem, ontem que já se foi, sobra-nos o agora, só o agora. E a outra frase que fui buscar, ao acaso, para sacudir a poeira emocional, foi esta: – “A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças do que nos nossos bolsos”. Frase atribuída ao filósofo alemão Arthur Schopenhauer. Fiz o sorteio dessas frases e já tinha esquecido do chimarrão e do aborrecimento seqüente, coitado do chimarrão, não tinha nenhuma culpa da minha chatice. Tiradas as frases da caixa de frases, tentei transformá-las em remédios emocionais. De fato, esperar pelo chimarrão do dia seguinte para me sentir melhor seria refinada estupidez, ou o aqui e agora ou o ranço ficaria, um ranço sem causa objetiva, o pior de todos. Agora, convenhamos, quem de nós não sabe dessas frases, desses conselhos? O diacho é que temos encrencas emocionais que não queremos ver. Bem melhor, então, é criar falsas razões e pensar que são elas que nos estão tirando o gosto do bom chimarrão, o chimarra da vida. Ah, quase esquecia de dizer, tudo isso foi agora, há pouco. Acho que o limão virou limonada…
CRIMES
Um político carioca disse esta semana que “O Rio não tem volta…”. Referia-se ao banditismo, aos crimes de todo tipo. – Ah, senhor, o Rio tem solução sim! Basta a aplicação incondicional da lei, o cara pegou 10 anos de cadeia? Vai ficar 15, sem sair nem para tomar sol, sem saidinhas estúpidas, criadas por estúpidos. E se quiserem um reforço para ajudar a mudar tudo é só convidar o Ministro da Justiça da Coreia do Norte. Brasil dos “Poderes” frouxos.
ESTRANGEIROS
Apesar de todas as nossas mazelas, nenhum país do mundo nos chega aos pés, ninguém tem o “potencial” do Brasil; sim, concordo, votamos mal e damos o poder, mais das vezes, aos safados. E dizendo isso, fico “pê” da vida com os “brasileiros” que querem também cidadania italiana ou portuguesa. Gostaria de saber da razão. Itália e Portugal não nos chegam aos pés, paisinhos… Então, por que os nossos “trabalhadores” querem dupla cidadania? Explicações na salinha dos fundos.
FALTA DIZER
Um dos baderneiros, dos depredadores do patrimônio público brasileiro, está preso. Todo metido a machinho… Está preso em casa, quando devia estar na salinha dos fundos. Pois esse baderneiro está contestando sua prisão e dizendo que prisão não educa. Ah, educa, ô, se educa, especialmente na salinha dos fundos. Ademais, ajudou a depredar o patrimônio nacional? Ferro, ferro incondicional, ué!