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Planejamento tributário antecipado é chave para adequação à Reforma Tributária

Foto: IA

Por: Denilson Kasteller

04/08/2025 - 15:08 - Atualizada em: 04/08/2025 - 16:15

Por:
Denilson Kasteller, Diretor de Operações do Grupo Fiscall

Com a chegada da Reforma Tributária prevista para janeiro de 2026, empresas de todos os portes se veem diante de um cenário que exige adaptação urgente. A maior reestruturação do sistema de arrecadação das últimas décadas promete substituir cinco tributos por um modelo dual de Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), alterando significativamente a lógica da tributação atual.

Mais do que uma simples mudança de alíquotas, a Reforma propõe uma nova estrutura fiscal que pode trazer impactos relevantes para o caixa e a competitividade dos negócios. Um exemplo prático: empresas com margens de lucro elevadas, se não se anteciparem, podem registrar aumentos significativos na carga tributária — em certos casos, até superiores a 40%.

Nesse contexto, o planejamento tributário antecipado se torna ferramenta essencial. Diagnósticos personalizados ajudam as empresas a entenderem o novo modelo, preverem cenários e traçarem estratégias para mitigar riscos, ajustar processos e aproveitar créditos que estarão disponíveis.

O movimento do governo federal em testar as novas regras por meio do programa Acredita Exportação, que antecipa a devolução de créditos para pequenos exportadores do Simples Nacional já em 2025, é um sinal claro de que a mudança está em curso. Essa antecipação permitirá que parte das empresas vivencie, ainda que parcialmente, a lógica do IVA, abrindo espaço para ajustes operacionais e tecnológicos.

Outro ponto que merece atenção é o caráter gradativo da implementação. A Reforma Tributária não se encerrará com o início da vigência do novo modelo em 2026. Até 2033, novas leis complementares devem detalhar e aprofundar a aplicação das regras, o que exigirá atenção constante e atualizações frequentes por parte das empresas.

Por isso, além do planejamento, é fundamental investir na qualificação dos times internos. A formação de profissionais preparados para lidar com as novas exigências fiscais pode ser um diferencial competitivo. Iniciativas como cursos sobre Simples Nacional, Lucro Real, retenções e recuperação de créditos passam a ser estratégicas para a continuidade dos negócios.

Empresas que negligenciarem esse processo correm riscos sérios: aumento de custos, falhas de compliance, autuações e perda de mercado. Já aquelas que souberem se antecipar, estruturar suas rotinas fiscais e buscar apoio técnico qualificado terão mais chances de navegar com segurança nesse novo ambiente.

O momento de agir é agora. Adiar o planejamento tributário ou subestimar os impactos da Reforma pode ter um preço alto. O novo sistema já começou a ser construído — e somente quem estiver preparado poderá aproveitar as oportunidades que ele também oferece.

 

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