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Pessoas lixo – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

11/03/2025 - 08:03

Um jornalista de São Paulo escreveu uma manchete que me fez parar com o chimarrão. Fim de tarde, chimarrão para relaxar, mas sem deixar os fatos passar… De repente, a tal manchete me salta às retinas. Dizia assim: – “O Brasil só dará certo quando o povo não for tratado como lixo”. O jornalista jogava pedras sobre todos os presidentes e “representantes do povo”. Discordei do jornalista. Como você, leitora, reagiria se estivesse numa festa e várias pessoas lhe viessem dizer que você é um lixo? Ou a você, leitor? Várias pessoas chamando você de lixo, como reagirias? O que quero deixar muito enfático é que ninguém, absolutamente ninguém, tem poder de nos fazer um lixo senão nós mesmos. Podemos até ser mesmo um lixo, por valores, comportamentos, palavras, jeitos, enfim, de todo tipo, lixo ou lixos humanos. Fora dessa razão, que nós mesmos podemos nos conferir, ninguém tem o poder de nos abalar fazendo-nos sentir lixo. Agora, se alguém nos chama de lixo, ou de qualquer outra expressão pejorativa, e afundarmos numa depressão conseqüente, ah, por favor, damos razão a quem nos ofende. É muito comum no convívio humano rótulos jogados sobre pessoas, mais das vezes rótulos mentirosos, gerados por invejas, frustrações, muitas coisas, pessoas que não nos aceitam em nossas grandezas. Nos relacionamentos conjugais, por exemplo, a escandalosa maioria dos homens diminui, de vários modos, a mulher. E ela tem que aceitar, ficar calada, sentir-se mesmo um lixo? É também o que a maioria delas faz. E a partir daí está aberta a porta para agressões de todo tipo, começando pelas agressões físicas. Ninguém nos pode diminuir sem nossa permissão, mesmo, insisto, que não sejamos lá essas coisas… Claro que em muitos momentos nós mesmos nos tornamos latas de lixo ao votar. Quem vota em lixos torna-se lixo. Nem vou alongar essa idéia. Quem nos proíbe de ler e crescer? Quem nos proíbe de estudar? Quem nos proíbe de sermos ótimos em nosso trabalho? Eu entendi o colega jornalista no que ele disse, entendi num certo sentido. E esse sentido é a falta de respeito do povo consigo mesmo e os próprios lixos que o povo elege… Encurtando a prosa, ninguém nasceu até hoje com competência de fazer-nos uma lata de lixo senão nós mesmos.

BARULHO

Vi as imagens. O fato foi numa cidade do nordeste, mas de repente vira moda… Um estúpido andava com uma moto fazendo um barulho altíssimo, tudo de propósito, como fazem todos os que usam desse barulho nas motos. Duas “autoridades” fizeram o motoqueiro parar, descer e abaixar-se até ao cano de descarga da moto. E, em ponto morto, fizeram o vagabundo acelerar a moto nos ouvidos dele. Ele berrava mais alto que o som da moto. Semeou…

JUSTIÇA

Justiça aonde? Ouça esta: – “Justiça de São Paulo condena a 17 anos de prisão homem por matar namorada grávida, 27 anos, que não queria abortar”. O cara matou a namorada e a criança do ventre dela e pegou essa “peninha”? E se essa mulher fosse filha de uma “autoridade” pegaria a mesma peninha? Esse bandido, “beneficiado”, vai ficar quatro ou cinco anos, se ficar, na cadeia. Isso tem que ter fim…

FALTA DIZER

Ter ou descobrir um propósito, um encantamento na vida, é o melhor elixir da saúde e o fortificante da vida emocional A idade não importa, sempre é tempo de nos encontrarmos na vida. Os desatinos mentais de hoje estão vindo das vidas vazias, pessoas que vivem sem o que fazer para elas e por prazer.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.