Uma das disputas eleitorais que mais desperta atenção em SC é para o Senado, principalmente após o fator Carlos Bolsonaro (PL). Desde quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), num acerto com o governador Jorginho Mello (PL), escolheu o filho 02 para buscar uma das vagas, a corrida ganhou corpo. A pesquisa Neokemp, divulgada na sexta-feira, consolida um cenário de definição, com a deputada federal Carol De Toni (PL) praticamente garantindo uma das cadeiras. Ela lidera as intenções de voto, com 28,6%; aparece em primeiro quando a escolha é pelo segundo voto, com 27,8%; e segue como a menos rejeitada, com apenas 3,1%. A ironia é que, de todos os postulantes, Carol é a única descartada pelo partido. A partir do combinado Jair-Jorginho, ela perdeu espaço na chapa, já que o atual governador quer o senador Esperidião Amin (PP) ao seu lado, na estratégia de montar uma coligação forte. Amin é o terceiro na corrida, com 16,3%, empatado com Décio Lima (PT), que tem 16,2%. Carlos Bolsonaro é o segundo na preferência, com 25% e também se firma com um dos favoritos.
Trabalho
Carlos Bolsonaro é o único que defende chapa pura no PL e a julgar pelas pesquisas, parece uma decisão acertada. Mas se prevalecer o combinado Jair-Jorginho, Carol deve rumar para o Novo, já que não abre mão de sua candidatura – no que está correta! Resta saber se a base bolsonarista vai trabalhar para Amin ou se seguirá com De Toni, mesmo ela fora do PL.
Rejeição
O que chama atenção é a alta taxa de rejeição de Carlos Bolsonaro, 34,1%. Se for feito um comparativo das últimas quatro pesquisas, o filho 02 mantém um padrão neste quesito. Em setembro, tinha 32,8% de rejeição; em outubro, subiu para 37,5% e, em novembro, cravou 37%. Só perde para Décio Lima, que tem 49,1% (set), 32,4% (out), 37% (nov) e 48% em dezembro.
Não decola
Mesmo preferido pelo governador e sendo um dos parlamentares mais atuantes do estado – além de defender uma história proba e de grandes serviços prestados a SC – Esperidião Amin não decola. Na última pesquisa, está em terceiro, com 16,3% nas intenções de primeiro voto e 16,9%, no segundo voto. A seu favor, uma taxa de rejeição mínima de 4,7%.
Qual rumo?

Foto: Erivelton Viana
Apontado como candidato natural ao governo pelo PT, Décio Lima – que em 2022 fez a esquerda chegar pela primeira vez ao segundo turno em SC – surge com 14,6% das intenções de voto para o Executivo e 16,3% das preferências ao Senado. Sua rejeição é alta, mas também era em 2022. A ver o que ele e seu partido decidirão sobre qual rumo tomar em 2026.