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Perseguidos pelo poder! – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

31/03/2023 - 07:03 - Atualizada em: 31/03/2023 - 08:08

Definitivamente, o MDB não toma jeito. O nacional todo mundo já sabe que é um caso perdido. Seus métodos são sobejamente conhecidos, o modus operandi do velho MDB de guerra.Como se observava em relação ao PFL entre as décadas de 80 e 90, quando a Frente Liberal estava sempre no poder. Eram “perseguidos pelo poder.”Quem assumiu esse papel de forma mais aperfeiçoada foi o Manda Brasa. Logo na sequência da era dourada do PFL. Foi assim com Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva, Dilma, Michel Temer, Bolsonaro e agora novamente com Lula. O MDB esteve em todos os governos!E agora estão com Simone Tebet no Planejamento, com Renan Calheiros Filho nos Transportes e com Jader Barbalho Filho, deputado federal, na pasta das Cidades. Ele é irmão de Helder Barbalho, governador reeleito do Pará. Os dois são filhos do senador Jader Barbalho. É uma verdadeira dinastia.O curioso é que a seção Barriga Verde do partido andava mais preservada, reservada, recatada. Parece que resolveu caminhar nas pegadas do fisiologismo federal. Sem o menor pudor.ParceriaO que causa estranheza enquanto o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, entregou a proa da sigla no estado ao amigo e deputado federal reeleito (o único que renovou o mandato no MDB-SC), Carlos Chiodini.OxigenaçãoEle assumiu após a saída de cena de Celso Maldaner, que disputou o Senado em 2022, ficando em quinto lugar, resultado que o levou a entregar o comando do partido e sair da vida pública. Uma das justificativas era dar uma oxigenada, uma renovada no comando partidário.DefinhandoO Manda Brasa catarinense vem perdendo consistência. Nas duas últimas eleições nem chegou ao segundo turno na corrida ao governo. Em 2018, Mauro Mariani conseguiu a proeza de chegar em terceiro lugar.SinaNo ano passado, os emedebistas apoiaram Moisés, o governador, que não chegou ao segundo turno da disputa.ExpectativaCom relação a Carlos Chiodini, que é um ótimo quadro, esperava-se que assumisse para dar realmente uma chacoalhada no seio do partido. Há inclusive convenções municipais marcadas para o fim da primeira quinzena de abril no Estado.Cavalo de pauCuriosamente, Chiodini deu recente declaração que o MDB espera ser contemplado com espaços federais em Santa Catarina.CobiçaA começar pela superintendência do DNIT, que terá orçamento vitaminado no governo Lula, do PT.FisiologismoOcorre que o Manda Brasa já emplacou o deputado Jerry Comper na poderosa Secretaria de Infraestrutura do governo Jorginho Mello, filiado ao PL e eleito na onda Bolsonaro 2 do ano passado. Ou seja, a sigla está com um pé em cada canoa em projetos de partidos antagônicos e que polarizaram a eleição de 2022.Biruta de aeroportoAí fica difícil de entender aonde o MDB pretende chegar. O pior de tudo é ver que uma figura que não tem votos, já há muito tempo, Eduardo Moreira, posando de protagonista.Passado remotoNão custa lembrar que ele se elegeu duas vezes deputado federal e em 1992 ganhou a prefeitura de Criciúma às custas do apoio do cunhado, o empresário Realdo Gugliemi, que não está mais entre nós. Foram as três únicas eleições de Moreira.Na sombraDepois disso, Moreira foi só vice. Ele até tentou voltar à prefeitura da maior cidade do Sul em 2000 e perdeu para Décio Góes, do PT. E agora o cidadão quer voltar a Criciúma, assumir o partido e ser candidato a prefeito novamente. Aos 75 anos! Essa é a renovação, a oxigenação? Convenhamos.

 

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