Quem cuida da língua vai mais longe na vida, vai! Engraçado, em muitos momentos ficamos sem graça quando nos fazem uma determinada pergunta, mas vivemos fazendo perguntas indevidas aos outros. Quem tem que fazer perguntas é o delegado na delegacia, esse tem mesmo que perguntar e… Obter respostas. Nós não, nós, pelo contrário, muitas vezes constrangemos pessoas com nossas perguntas. Nem todo mundo, por exemplo, gosta de dizer de sua idade. Então, por que perguntar? Se a pessoa quiser dizer, tudo bem, ela decide. Perguntar se uma pessoa está empregada é constrangedor, muitas não gostam de falar de seu desemprego. Perguntar sobre a saúde também pode constranger. Sem essa de dizer que as perguntas são naturais, coisas de amigos. Conversa mole. Nós sabemos que temos questões nossas e que não gostaríamos que alguém nos viesse a fazer perguntas sobre elas. Perguntar a alguém que acabou de viver uma separação se a pessoa já tem outra em vista é baita insensibilidade. Deixe que a pessoa fale ou não, constranger é falta de educação. Perguntar sobre o salário – Ô, fulano, desculpe a indiscrição, mas quanto é que tu ganhas? Nada mais constrangedor. E digo mais, mesmo nas relações domésticas certas perguntas são indevidas, quem não sabe que marido e mulher têm suas fragilidades e histórias suas, íntimas? Constranger com perguntas é típico de pessoa leviana que fala sem pensar ou, pior de tudo, pergunta mesmo para constranger. E tudo isso sem falar que muitas das perguntas que ouvimos são geradas por curiosidades de mentes fuxiqueiras, daquelas com quem o melhor é a distância. Bom, não vamos longe, mais uma vez a velha sentença do – “Fala, se queres que te conheça”! Vale dizer, pergunta para que eu te conheça. No passado havia os namoros, ninguém casava sem namorar por bom tempo; depois noivar e finalmente casar. O namoro era o tempo das descobertas, das observações de comportamento. Se houvesse bilateralmente aprovação, noivado. E depois o casamento. Hoje é direto do conhecer ao ajuntar-se. O que anda por aí não é casamento, é ajuntamento. Gente leviana, apressada, sem valores e sem exigir valores morais na moeda contrária, só pode mesmo dar no que anda por aí. E dependendo das perguntas dele ou dela o melhor é cair fora enquanto é tempo…
NUNCA
Nunca vi uma mulher dirigindo um carro e com o som lá nas alturas, um som não para ser ouvido por ela, mas para irritar pessoas nas calçadas e nas residências. Nunca vi uma mulher fazendo o que canalhas “homens” (homens?) fazem todos os dias e em todas as cidades. Esses tipos não podem continuar “livres”, alguém tem que falar com eles, bem perto do ouvido… Vale para as motos barulhentas. Vagabundos!
VERDADE
Guria, sob hipótese alguma nunca se deixe em segundo lugar diante de qualquer sujeito, seja ele quem for. Seja quem for, ouviste bem? E saibas que, de sobejo comprovado pelas editoras e feiras de livros, meninas sempre leram mais que meninos e sempre tiveram e têm mais preocupações de ordem filosófica. – “O ser humano feminino se questiona mais que o masculino”, diz o caricaturista Ziraldo. Então, guria, que não seja por falta de aviso, imponha-se!
FALTA DIZER
Muitas escolas alienadas têm espaços para arco e flecha para os guris e dança para as gurias. Tem cabimento? Por que não ensinam Primeiros Socorros? A TV mostrou domingo um adolescente que salvou um colega de escola que estava morrendo engasgado. Quem ensinou o “salvador” a salvar? Escolas devem para a vida, não para tiktoks…