Partido controvertido
 – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

30/07/2024 - 06:07

Depois a classe política reclama que o eleitorado brasileiro, o catarinense, não sabe escolher. Também pudera. Vamos pegar um caso específico. União Brasil. Resultado da fusão do PSL, que elegeu Jair Bolsonaro presidente em 2018, com o Democratas, sucedâneo do PFL. União Brasil, que faz parte do governo Lula, pelas mãos do senador Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado, que antecedeu Rodrigo Pacheco, e que deve sucedê-lo. Um fisiologista de cruz na testa.

Davi Alcolumbre foi eleito pelas mãos do então ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro, o gaúcho Onyx Lorenzoni. Era um ilustre desconhecido. Não pôde se reeleger, porque era na mesma legislatura. Apoiou Rodrigo Pacheco, que pôde daí buscar uma recondução, e agora vai devolver para o padrinho Alcolumbre. União Brasil que é um partido de um viés essencialmente fisiológico. União Brasil, que teve candidato ao governo do Estado, em Santa Catarina, em 2022, com Gean Loureiro, apoiado pelo PSD, que indicou o vice, Eron Giordani, e para o Senado, o ex-governador de dois mandatos, Raimundo Colombo.

Desdobramentos

Todos derrotados. Gean em quarto lugar. Renunciou à Prefeitura em favor do vice, Topázio Silveira Neto, que ele escolheu para o segundo mandato, substituindo o vice do primeiro mandato, João Batista Nunes, e com quem depois rompeu, enciumado pela proximidade de Topázio com Jorginho Mello. E por Topázio não ceder às cobranças, ao assédio e às reivindicações de Gean Loureiro, que daí declarou apoio a Dário Berger.

Apoios e rompimentos

Veja só, com quem já tinha sido aliado, atendeu a Dário Berger como secretário nas suas duas gestões, e que depois distanciou-se, frequentando na sequencia vários partidos. Em compensação Berger em 2020 apoiou Ângela Amin contra Gean Loureiro, que se reelegeu no primeiro turno junto com Topázio Silveira Neto. E hoje Dário tem o apoio de Gean Loureiro e de Gelson Merisio, ex-deputado estadual, ex-presidente da Assembleia três vezes, candidato ao governo, derrotado por Carlos Moisés na onda bolsonarista de 2018.

Cenário



Gelson Merisio, que foi o grande arquiteto da chapa Décio Lima ao governo, com Dário ao Senado para oferecer palanque a Lula da Silva. Só que agora Décio está com Lela Farias, do PT, coligado com o PCdoB, com o PV e agora com o PSB. Já Dário com o PDT e União Brasil, duas candidaturas que se contrapõem a Topázio.

Influência

Em meio a isso tudo, Jorginho Mello nada de braçadas. Assumiu por inteiro a candidatura de Topázio e tem candidatos nas mais variadas cidades catarinenses, com reais perspectivas de êxito eleitoral.

 

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