“Otimista, Moisés quer todos acima de 18 anos vacinados em agosto”

Desembarque de vacinas deixa governo de SC otimista quanto ao ritmo de imunização | Foto Divulgação/Secom

Por: Ewaldo Willerding Neto

01/07/2021 - 17:07 - Atualizada em: 01/07/2021 - 17:36

Carlos Moisés é um homem otimista. O ritmo de vacinação em Santa Catarina fez o governador de Santa Catarina anunciar nesta quinta-feira (1), em sua conta no Twitter que o calendário de vacinação será antecipado e que até o final de agosto todos os adultos acima de 18 anos estejam imunizados, ao menos com uma dose. “Vamos antecipar o calendário de vacinação contra a Covid-19 por idades. Todos os catarinenses com 18 anos ou mais receberão a primeira dose até agosto”, escreveu. Para Moisés, o ritmo está mais rápido que o previsto. “Divulgamos calendário para até final de outubro vacinar todos adultos acima de 18 anos em Santa Catarina com a primeira e a segunda dose, mas ao mesmo tempo, acreditamos que podemos antecipar esse calendário”, destacou.

Pelas novas datas, as pessoas com idade acima de 40 anos receberão as picadas até dia 8 deste mês. De 9 a 22 de julho será a vez de quem está entre 35 e 39 anos; de 23 a 5 de agosto, de 30 a 34 anos. De 25 a 29 anos receberão as doses entre 6 a 19 de agosto e, finalmente, de 18 a 24 anos entre 20 a 31 de agosto de 2021. “A vacinação vai trazer a normalidade. Na virada de ano a gente espera ter uma condição de normalidade aqui no nosso estado com o processo de imunização avançando como está”, projetou o governador.

Conforme os números do Vacinômetro, o banco de dados do governo que reúne informações relativas à imunização, até esta quarta-feira (2) 2.627.763 pessoas haviam recebido a primeira dose, ou seja, 36,23% da população. A segunda dose já foi aplicada em 828.215 , 11,42% do total. Pelos dados oficiais, 3.455.978 tomaram as duas doses. Entre os grupos prioritários, os índices apontam que 92,18% já receberam a D1 e 35,5% e a D2. A expectativa é de que este otimismo de Moisés se traduza em picadas no braço.

 

Secretário da Saúde, André Motta Ribeiro, não vê chance das torcidas voltarem aos estádio de futebol | Foto Arquivo/Secom

Sem torcidas

Em conversa com jornalistas na manhã desta quinta-feira, 1, em Florianópolis, o secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, foi enfático ao afirmar que não vê chance de as partidas de futebol voltarem a receber público nas arquibancadas. “Ainda é cedo!”. Motta vai além e acha que os países europeus que estão sediando jogos da Eurocopa terão aumento de casos em pouco tempo. “O vírus se adapta. Eles terão problemas”, projeta. Para ele, não é só o jogo. “Quem já frequentou estádio sabe. Aglomerações nas entradas e saídas, nos banheiros, nos bares, enfim”.

 

Parcelamento de impostos

O Projeto de Lei (PL) 49/2021, que institui o Programa Catarinense de Recuperação Fiscal (Prefis-SC) 2021, de autoria do Poder Executivo, foi aprovado na Alesc e segue para sanção do governador. O Prefis-SC cria um programa para refinanciamento de dívidas com impostos estaduais, com possibilidade de redução de até 90% do valor das multas e juros. A matéria também regulamenta benefícios fiscais e anistia créditos tributários relativos à Taxa de Fiscalização do Transporte Intermunicipal de Passageiros (TFT). Conforme o texto do PL, poderão ser regularizados débitos de IPVA, ICMS e ITCMD, o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos.

 

INSS

O deputado Neodi Saretta (PT) trabalha para equacionar a falta de servidores do INSS. A Comissão de Saúde da Alesc aprovou requerimento para a realização de audiência pública para debater com entidades e representantes da sociedade catarinense mecanismos para resolver o problema. Em plenário, ele apresentou proposição para o secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia para a realização de concurso público para a contratação de pessoal.

 

Municípios

Os deputados estaduais aprovaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2/2021, de autoria do Poder Executivo, que facilita o repasse de recursos do Estado para os municípios catarinenses. Na prática, as alterações definem que transferências voluntárias realizadas pelo Estado para os municípios sejam consideradas especiais. Isso permite a dispensa de celebração de convênios entre as duas esferas, algo que, na prática, deve diminuir a burocracia para a liberação desses recursos e fazer com que eles cheguem mais rápido aos municípios.