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Os três mosqueteiros – Claudio Prisco Paraíso

Por: Claudio Prisco Paraíso

09/03/2024 - 06:03

 

Nesse último ano, Santa Catarina tem se destacado na figura de três personalidades que vêm ocupando espaços nacionalmente. O primeiro deles, sem dúvidas, é Esperidião Amin, o mais completo e talentoso, além de preparado, senador da República.

Não apenas nos episódios relacionados ao STF, ao 8 de janeiro, às exorbitâncias do Judiciário, especialmente na figura de Alexandre de Moraes, mas também nos temas institucionais e de ordem prática da vida real no âmbito do Senado.

O segundo nome é Décio Lima, que foi para o segundo turno contra Jorginho Mello. Por sua relação pessoal com Lula da Silva, acabou guindado à presidência do Sebrae nacional, entidade que tem orçamento bilionário.

E o terceiro nome é o de Jorginho Mello. Santa Catarina está entre as sete maiores potências econômicas e políticas do país. O governador tem ocupado espaços preciosos também por sua aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

História

E também com a expressiva votação que ambos conquistaram nas urnas em 2022.

 

D’Artagnan

E agora entra em cena um quarto nome. A deputada federal Carol De Toni, eleita presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais poderosa da Câmara Federal. Abre parêntese. Na obra de Alexandre Dumas, Os Três Mosqueteiros eram, na verdade, quatro. O quarto era D’Artagnan. Fecha parêntese.

 

Crivo

Absolutamente todos os projetos passam pela CCJ, que avalia a legalidade, ou não, das propostas que tramitam no Legislativo.

 

Pavor

A eleição da catarinense causou um alvoroço em Brasília. Carol De Toni é muito firme, articulada, competente. É advogada, tem desenvoltura verbal.

 

Centrão

Arthur Lira, o presidente da Câmara, fez de tudo para evitar que um representante do PL chegasse ao comando da CCJ. Ele agora atua em sintonia com a Organização.

 

Nada disso

Mas esse era o acordo. O PL tem a maior bancada da Casa. Entregou, inclusive, os primeiros dois anos ao petista Rui Falcão, ex-presidente nacional do PT.

 

Ascendente

Agora, não tinha como não entregar aos liberais. De Toni foi escolhida. Considerando-se que ela está no segundo mandato e tem a companhia de outros 98 deputados/as do PL, sua indicação e esmagadora votação para a proa da CCJ significam um reconhecimento à atuação dela no Parlamento.

 

Musculatura

É evidente que o fato dela ter sido recordista de votos em Santa Catarina na proporcional em 2022 influenciou na sua escolha, bem como o fato dela ter livre acesso na direção nacional do partido. Ou seja, Carol De Toni reúne um tripé de fatores que a colocam na ribalta nacional.

 

Quarteto

Ainda mais num ano eleitoral. Santa Catarina terá nesse quarteto uma exposição maior. Talvez, quem sabe, pode ser, essa realidade possa contribuir para que o estado seja mais bem contemplado nas suas reivindicações federais.

 

Ralo

E não estarão fazendo nenhum favor aos catarinenses, não. Por tudo que Santa Catarina transfere recolhendo impostos e que recebe, de volta, apenas algo em torno de 10%.

 

Bom de discurso

Ocorre que Décio Lima, apesar do posto destacado que ocupa, não vem conseguindo traduzir sua influência junto ao Palácio do Planalto em recursos para Santa Catarina.
Os outros três nomes estão na trincheira oposicionista. Jorginho Mello e Carol De Toni pelo PL e Amin pelo PP.

 

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