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Os patetas

Por: Luiz Carlos Prates

01/03/2016 - 04:03 - Atualizada em: 29/02/2016 - 15:44

Vou contar uma pequena “novidade”, mas antes preciso dar umas voltas…

O assunto é sem fim, só não é cansativo porque nós mesmos, os humanos infelizes, continuamos a correr atrás dela, a felicidade. Acabo de ler a última edição da revista Glamour e lá estava, às páginas tantas, uma matéria sobre felicidade a partir do ponto de vista da Psicologia Positivista, uma bobagem que agora inventaram para não dizer que é autoajuda. Mas cuidado, leitora, há muito preconceito contra a literatura chamada de autoajuda, e tudo a partir da posição imbecil de alguns “intelectuais”… Intelectuais fajutos, isso sim. Os caras dizem que essa autoajuda não ajuda ninguém nem resolve problemas de nenhum tipo. São uns idiotas.

A expressão autoajuda significa, e você sabe disso, ajudar a si próprio. O que os autores desses livros propõem é repassar estudos, pesquisas, estatísticas sobre a fisiologia e as emoções humanas. E sobre os “milagres” que uma pessoa pode fazer por ela mesma, ela mesma, não os livros.

Nessa matéria da revista Glamour, foi dito que “felicidade é viver com propósito”. O que é viver com propósito? É aquilo que venho dizendo aqui faz anos, é ter uma causa por que lutar, é ter uma paixão por uma arte, uma ciência, um esporte, um trabalho, o que for. A pessoa precisa, seja quem for, tenha a idade que tiver, precisa estar vinculada a algo que a faça sair da cama pela manhã pensando nesse seu foco existencial. Sem isso a pessoa vive como que uma aposentada sem projetos, sem sonhos, sem mais nada na vida… Isso enlouquece, eleva a pressão arterial, disturba os batimentos cardíacos, faz correr mais hormônios venenosos na corrente sanguínea, tira, enfim, a energia vital da pessoa.

Não é por outra razão que, estatisticamente, homens saudáveis que se aposentam e não iniciam uma nova jornada morrem cedo. E morrem, é estatístico. Já as mulheres quando se aposentam não se aposentam, continuam mandando em casa, cuidando de filhos adultos, de netos, de marido “porre”, elas vão à igreja, ao centro comunitário, elas são conhecidas no supermercado, elas são, enfim, mulheres… Não ter um foco na vida tira o ânimo, mata a possível felicidade e atrai o coveiro antes do tempo. Triste? Catastrófico? Também acho, mas quem manda os patetas serem patetas, quem?

Ah, já ia esquecendo, a pior frase que uma pessoa com saúde pode dizer na vida é: – “Não vejo a hora de me aposentar, de não mais precisar trabalhar”… Pobre infeliz.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.