Para Platão, filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia de Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental, “conhecimento é uma crença verdadeira e justificada”. Ou seja, nada a ver com um ritualístico dogma religioso.
Este conceito evoluiu ao longo do tempo: na antiguidade, esteve ligado ao crescimento pessoal e satisfação do indivíduo. Na revolução industrial, ao trabalho e função social. Na era moderna, o conhecimento passou a ser o principal “ativo” das organizações, disseminado e incorporado nos seus produtos, processos e sistemas.
Mas, afinal o que é “conhecimento” ? É uma mistura de experiência, valores e informações, a qual proporciona uma estrutura para avaliação e incorporação de novas experiências e informações.
Aqui vale a referência à chamada “Cadeia de Valor do Conhecimento” – conceito este, criado pelo célebre Professor da Harvard Business School, Michael Porter (1947-…) – que são atividades coordenadas, as quais, por processos específicos, geram produtos com valores intangíveis e de mercado.
A “Cadeia de Valor do Conhecimento” começa pelo “dado” (através da “sensação”), segue com a “informação” (mediante “percepção”), depois com o “conhecimento” (através da “cognição”) até chegar à “competência/sabedoria” (pela “interação e validação” teoria-prática).
E chegamos, então, à chamada “Sociedade do Conhecimento”, a sociedade pós-capitalista, aquela em que os ativos “intangíveis” (conhecimento, expertise, etc.) são tão ou mais importantes do que os “tangíveis” (equipamentos, dinheiro, instalações civis, matéria-prima, mão de obra, etc.).
Enfim, segundo Porter, na “Nova Economia/Sociedade”, a do “Conhecimento”, o conhecimento é o principal fator de produção, de agregação de valor, produtividade e crescimento econômico.
Longe da condição histórica de “mão de obra”, os profissionais da “Sociedade do Conhecimento” desejam ser protagonistas, tendo (quase) tudo em “suas mãos”, não mais nas dos seus empregadores …
Assim, cada vez mais, a expressão “mão de obra” vem sendo substituída por “cérebro de obra”, caindo por terra a ideologia da “exploração da mão de obra pelo capital”, pois, há tempo, o conhecimento é que vem conseguindo “explorar o capital”. Sim, quem tem uma ideia, um software ou uma tecnologia, vem impondo o seu valor (US$) a empresários (donos do capital).
E esta “reinvenção” do comportamento socioeconômico dos últimos anos trouxe consigo transformações importantes, em especial, no que concerne ao trabalho nas empresas, devido ao desafio dele ter que ser encaixado nesta nova realidade, muito mais dinâmica e complexa.
Como citado acima, observa-se um movimento de inversão na relação entre empregador e empregado, que reflete um cenário em que existe alta disponibilidade de vagas para um número cada vez mais escasso de profissionais.
Tudo pela nova perspectiva para o trabalhador da “Sociedade do Conhecimento”, que busca muito mais do que um salário alto e crescimento na carreira. Agora, prioriza-se o propósito e a “humanização” das relações, pautadas pelo respeito e colaboração, além de saúde, bem-estar e qualidade de vida.
Atualmente, os colaboradores ditam as regras em um jogo, onde antes as empresas eram as “donas da bola”. E isso reorganiza as relações de trabalho, determina outras prioridades e traz novas perspectivas, que devem ser absorvidas o quanto antes pelas empresas, para, a partir desta lógica, atrair e reter talentos, objetivando continuarem competitivas no mercado.
Em resumo, os atuais “cérebros de obra”, os profissionais da “Sociedade do Conhecimento”, têm buscado um ambiente flexível e com uma cultura humanizada, em que possam se desenvolver de forma plena e se conectar ao trabalho de maneira genuína.
Ou seja, longe da condição histórica de “mão de obra”, os profissionais atuais desejam ser protagonistas, tendo tudo em “suas mãos”, não mais nas dos seus empregadores.
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Emílio Da Silva Neto
PhD/Dr.Ing, Pós-Doc, Ex-Diretor Superintendente WEG
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