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Os mistérios do amanhã – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

11/11/2025 - 07:11

Meus amigos mais chegados dizem que sofro de TOC, Transtorno Obsessivo Compulsivo. Por quê? Porque sou muito apegado à disciplina, aos horários diários diante dos diversos compromissos. Um dos itens desse meu TOC é a hora do chimarrão. Se ele não começar às 4h da tarde, ah, eu tiro o time de campo, só amanhã. Por quê? Acho que é o meu melhor horário, sento-me de modo confortável, me delicio com o chimarrão, ando para lá e para cá nos canais de tevê e… Às cinco e meia, final da brincadeira… Vou achar o que fazer, geralmente um trabalho, achar um assunto, por exemplo, para estas nossas conversas. Fiz isso ontem, pela enésima vez. Não tendo achado nada que prestasse nas tevês, fui à minha caixa de sapatos. Essa “guria” não me falha, ela sempre tem uma mensagem para me deixar grudada nos dedos. A frase de ontem é um provérbio mexicano. Diz assim: – “Vive hoje como se fosse morrer amanhã”. Não, não acredito que quem saiba que vai apitar amanhã seria feliz no dia de hoje, ah, não mesmo! Vivo pregando que temos que viver no “aqui e agora”, e para muitos esse preceito é igual ao provérbio mexicano. Não é. Viver no aqui e agora é deixar para trás o nosso passado, as nossas encrencas, os fracassos, as dores… Esse passado tem que ser um professor, ensinar-nos. E o amanhã, se o dia de hoje for bem aproveitado, será um amanhã formidável, tanto quanto possível diante dos “destinos” humanos. Até certo ponto, entende-se dizer que temos que viver o hoje como se fôssemos morrer amanhã… Ocorre que essa idéia passa-nos também a idéia de darmos intensidade ao aqui e agora sem fazer o que temos que fazer para que o amanhã, ao chegar, e ele vai chegar, não nos deixe com as contas atrasadas na vida. Viver hoje como se fôssemos morrer amanhã será que envolve torrar o nosso dinheiro hoje, nos prazeres voláteis e irresponsáveis de um hoje cinematográfico? O melhor caminho, a melhor postura, é viver o aqui e agora, mas… Pensando, sim, na paz do amanhã pelo hoje bem-vivido. E sem esquecer que pensar demais sobre a vida enlouquece-nos. Sem esquecer também, que quem pensa não casa…

HERANÇA

Os tempos passam, mas nada muda na condição humana. Pais, querendo ou não, moldam muito o futuro dos filhos. Desde meu primeiro ano de escola sempre estive no melhor colégio da cidade, porém, muitos dos meus medos e ranços vieram dos meus pais. Eles não queriam isso, mas… Passavam seus “modelos”. Nunca vai mudar e, horror, hoje está pior. Muito pior.

SUCESSO

Ela é xingada, ofendida por muita gente leviana, mas… Anita, a cantora, é uma baita mulher. Já vi a Anita dando entrevistas lá nos Estados Unidos, em tevês, como se fosse americana tamanha a fluência dela em inglês. E agora, por estes dias, Anita conversando com o príncipe William, da realeza britânica, os dois rindo e conversando como crianças em pátio de colégio. E muitos jogam pedras na Anita. Nada como o despeito, e nada como crescer por conta própria, não é mesmo, Anita?

FALTA DIZER

Você sabe quem morreu? O pudor. Coitado, não agüentou os dias de hoje… Veja esta manchete: – “Loja varejista britânica M&S anuncia: Cueca que dá volume discreto ao pênis”. Isso mesmo, homens fajutos querem ser homens pelo pênis. E quando é que vão anunciar: Atenção, “homarada”: foi lançada uma coleção de livros para dar volume ao cérebro? Quando isso?

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.