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Os homens e o casamento – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

03/07/2024 - 06:07

 

Li a notícia e a comentei com algumas pessoas. Duas delas se irritaram e fizeram frases ásperas: – “Pô, esse velho não se enxerga, não sossega o facho!”! A frase se vinculava a um equívoco. Vou contar. Dia destes, um empresário americano, Rudof Murdock, podre de rico, dono de empresas conhecidíssimas, casou-se pela quinta vez. Até aí nada, casar e descasar virou moda, porém… O que muitos viram de “grave” no quinto casamento do Murdock é que ele tem 93 anos. – Ah, não é idade para casar, é idade para usar pantufas, pijamas e ver desenhos animados na televisão… Não, não é. Murdock casou com uma mulher lindíssima de 67 anos. Ele tem 93 e ela 67… Perfeito. Perfeito para os homens velhos, e era aqui que eu queria chegar. As pessoas por maioria não entendem os homens, os homens só casam para ter uma “mãe” cuidando deles. – Ah, cara, tu estás julgando os outros por ti! Não, não estou. O homem pode amar muito uma mulher, mas no subconsciente dele essa mulher é sua mãe, a mitologia grega trata muito disso. Esse casamento, ele com 93 e ela com 67 anos, não é um casamento para “exercícios na cama”, não é. Murdock está buscando companheirismo, ter alguém ao seu lado, um alguém íntimo, mas sem os extremos da intimidade, aposto. Os homens são assim, é típico deles. Para muitos pode parecer um fogo incontido, uma macheza de cama incontrolável. Puro engano. Os homens são extremamente débeis, frágeis, sua força está apenas nos músculos, mas como costumo dizer um elefante também tem muita força, um guindaste também… Voltando ao chimarrão da conversa, fique certa, leitora, quando você vir um homem idoso namorando, não se iluda, o que ele busca é amparo,

amparo de uma mulher, mulher símbolo de mãe… Falando nisso, lembrei-me de uma história que testemunhei. Um colega, narrador de futebol, estava em viagem no exterior. Num restaurante de hotel ele viu e gamou por uma mulher que estava por perto. Olharam-se, olharam-se e ele decidiu: foi iniciar o “romance” com ela. Minutos depois voltou à nossa mesa. Ele acabara com o “namoro” na hora, na hora em que ficou sabendo que o nome da moça era o nome da mãe dele…

 

GRATIDÃO

Vendo a generalizada falta de educação das crianças de hoje, os guris muito mais que as gurias, sinto uma profunda gratidão pela educação que os irmãos maristas me deixaram. Todos eles de batina e uma aplicação “penal” indiscutível com os arruaceiros de sala de aula. Verdadeiras escolas militares, mas eram maristas. Gratidão pelos valores que me ficaram, utilíssimos. E olhe que os pais em casa também não brincavam em serviço. Eu sei como se escreve “cinta” e “chinelo”. Obrigado, irmãos!

 

CANSAÇO

Manchete de reportagem do The New York Times, jornal americano: – “O que fazer se você ainda se sente cansado mesmo após as férias”! Respondo. Ou a pessoa é vadia, não gosta de trabalhar, ou faz um trabalho que não fecha com o que gostaria de fazer ou o sujeito trabalha só pelo salário. Não é o trabalho que enfada e cansa. É a pessoa deslocada e desmotivada.

 

FALTA DIZER

Acabei de ler, portal Metrópoles: – “59% os homens acreditam que ciúmes são sinal de amor”. Primeiro, digo eu, é muito mais que 59%… E o que é mesmo esse ciúme? Três coisas. O ciumento vive o sentimento de posse, vê-se inseguro como macho e desconfia da mulher. No mais, que vão mentir para a tia Joana.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.