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Os carnavalescos da vida – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

07/02/2024 - 07:02

Vem aí o carnaval. Uma psicoterapia para muitos… As pessoas se revelam nessa “psicoterapia” tão aguardada por muitos e desprezada pela maioria. Sim, pela maioria absoluta do povo. Os que saem para brincar o carnaval são, se tanto, uns dois milhões; parece, todavia, que são bem mais. Crasso engano. Vamos lá, vamos às máscaras. Uma frase antiga, sagaz, diz que – “Fantasia é um troço que o folião tira no carnaval”. No passado, (no passado?), homens vestiam-se de mulher no carnaval, havia blocos inteiros de homens fantasiados de mulheres, muito curioso isso, curioso porque jamais houve um bloco carnavalesco só de mulheres fantasiadas de homens, jamais. Mas é aquela coisa, o carnaval abre as portas para os desejos, para as liberdades… De fato, o carnaval enseja a realização de desejos por meio das fantasias, fora do carnaval o folião seria levado à internação psiquiatra. O grande empresário, o “doutor”, pode sair no carnaval, num bloco de amigos, fantasiado do que bem entender, só que… A fantasia tem que fechar, costuma fechar, com o que ele admira ou gostaria de ser. E que os falsos intérpretes do carnaval e suas hipocrisias não tentem negar essa verdade. Não fosse pela liberdade para as “fantasias” não haveria carnaval, afinal, já disse aqui, ninguém está proibido de cantar, dançar, se divertir o ano todo. Mas é aquela coisa, o carnaval liberta para as fantasias silenciadas no dia a dia, vem daí o sucesso da festa de Momo, não se engane quem pensa diferente. Aliás, quantas e quantas fantasias, dito melhor, invenções criadas por nossa cabeça, são jogadas nos desfiles da vida diária como uma verdade? Gostos e tendências são liberados pelas nossas fantasias, não há quem não as tenha. Quantos pensam ser honestos e não são? Quantos estão a espera de passar a mão em alguma coisa e só não o fazem por medo ou falta de oportunidade? Quantos maridos são fiéis na aparência, quantos funcionários fazem o que têm que fazer só quando há alguém por perto, um chefe? Ser honesto, sem fantasias, é a única religião humana possível. O resto é “fantasia” e orações da boca para fora, haja vista os “dinheiristas” enganadores que pregam a palavra de Jesus… Sonsos, “carnavalescos” das fantasias.

INGÊNUAS

Há coisas tão estúpidas que sou forçado a crer na ingenuidade. De qualquer modo, as famílias têm que educar, advertir, puxar forte as cordas da educação, não é possível continuarmos a ver o que vemos quase todos os dias: uma jovem mulher com o nome de um ordinário tatuado no corpo. Dia destes, uma dessas, namorando um presidiário, tatuou o nome dele no pescoço. Foi amassada a pau por ele quando o “pombinho” saiu da cadeia. Santo Deus, que ingenuidade! Não, é estupidez mesmo.

BOA

Boa, gostei. A Fuvest, Fundação Vestibular, que organiza os vestibulares para a USP, a melhor universidade do Brasil, renovou a lista de leituras obrigatórias para os vestibulares dos próximos anos. A lista é composta exclusivamente por autoras mulheres de língua portuguesa. Hipócritas estão caindo de pau sobre a Fuvest, por que só mulheres? Por quê? Porque até agora foram só homens, homens cujas obras, maior parte, foram escritas por mulheres, “escondidas”. Engulam, bobões.

FALTA DIZER

O mercado de serviços e produtos está a exigir que as empresas não se descuidem de inovar e aperfeiçoar, seja no que for, de modo contínuo, constante. Perfeito. E nós, os produtos humanos? A maioria vive atolada no “sempre igual”. Quem não se melhora mais se atola, infelizmente, a maioria…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.