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Olhos no Oeste – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

28/11/2024 - 06:11

 

Desde o início da semana que a capital do Oeste acabou transformada na capital catarinense. Literalmente. Na segunda-feira, esteve em Chapecó Jorginho Mello para uma agenda diversificada. Foi na universidade local e também no Hospital Regional, onde não apenas inaugurou uma nova ala pediátrica como também repassou recursos para novos equipamentos e novos investimentos.
A partir de terça-feira, foi a vez da Assembleia Legislativa, via seu programa Alesc Itinerante, que, aliás, já esteve em Criciúma, Blumenau, Joinville, e mais recentemente em Lages, e que encerra o ciclo em Chapecó.
Curiosidade. Tanto o presidente quanto o vice do Legislativo Estadual pertencem à região, notadamente ao extremo oeste catarinense. Estamos falando de Mauro de Nadal e de Maurício Eskudlark. Toda essa movimentação em torno do Oeste faz com que busquemos origens políticas relacionadas à região.

 

Sobrenome

Quem foi o primeiro governador a exercer o mandato representando o Oeste? Casildo Maldaner, lá no finzinho da década de 80. Só que ele foi eleito vice de Pedro Ivo Campos. Com o falecimento do titular, Maldaner concluiu o mandato. Depois disso, o primeiro governador eleito efetivamente, no voto popular, foi Jorginho Melo, que representa o Meio Oeste.

 

Força política

Região que ganha um protagonismo ainda em 2024, considerando-se a postura assumida pelo prefeito João Rodrigues, do PSD. Antes mesmo de ser reeleito, ele anunciou sua pré-candidatura ao governo do Estado.

 

Antecipando

Posicionou-se antes mesmo de Jorginho Mello, nome natural à reeleição. Aí o caro leitor pode perguntar: sim, mas considerando as eleições restabelecidas em 1982, foi preciso 40 anos para eleger um governador do Oeste? E em 2026 teremos dois representantes da região se enfrentando? É uma possibilidade real, sem dúvida nenhuma.

 

22 na urna

Jorginho Mello é do PL, é correligionário de Jair Bolsonaro, com quem João Rodrigues também tricota bem. Mas quem tem o 22 é Jorginho. Além disso, ele tem a máquina do Estado e elegeu 90 prefeitos pelo PL agora em outubro. Lá em 2026, o PL estará com mais de 100 prefeitos. Seguramente. Podem anotar.

 

Fazendo contas

E ainda com o concurso do MDB, do PP e de outros pequenos partidos, o arco de alianças do governador pode levar a 240 dos 295 prefeitos catarinenses. João Rodrigues vai enfrentar essa parada?

 

Derrapada

Até porque vale lembrar que ele, João Rodrigues, e seus correligionários do PSD apoiaram Gean Loureiro, que renunciou à Prefeitura de Florianópolis após ter sido reeleito com 53% dos votos, mas ficou em quarto lugar na disputa estadual. Resultado? Está sem mandato e fora de cena.

 

Avaliando

João Rodrigues vai correr o mesmo risco? Ou estaria raciocinando em disputar o Senado na chapa encabeçada por Jorginho Mello? O colunista não descartaria essa possibilidade. Só que obstáculos se apresentarão.

 

Nome natural

Carol De Toni, recordista de votos nas eleições proporcionais de 2022, é um nome natural ao Senado como segunda representante liberal na chapa majoritária. Sim, mas daí nós teremos três entre os quatro candidatos majoritários da mesma região. Jorginho Mello, Carol De Toni e João Rodrigues.

 

História

Há quem possa lembrar que em 2010 tivemos dois do Norte, Luiz Henrique da Silveira e Paulo Bauer ao Senado. Sim, mas para o governo tinha Raimundo Colombo, com base na Serra, e Eduardo Moreira no Sul. Agora três do Oeste e de repente um do Norte? Sim, porque Antídio Lunelli está cotado para vice de Jorginho. É evidente que estamos muito distantes das eleições de 2026. Mas as conjecturas e as especulações já ganham corpo nos bastidores.

 

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