Em um mundo caracterizado pelo imediatismo e superficialidade, onde a saúde mental se deteriora em meio ao excesso de telas, relações turbulentas e cobranças por produtividade desumana, eventos como o OCP-Summit Inspira, realizado no dia de ontem na Scar, transcendem o mero encontro motivacional: tornam-se necessidades coletivas. O sucesso absoluto do evento, com total lotação do Grande Teatro Scar, comprova que a sociedade anseia por espaços de reconexão consigo mesma e com o outro.
O tema “Inspiração para o Corpo, Mente e Alma” não poderia ser mais oportuno. Ironicamente, vivemos a era da hiper conexão digital e da desconexão emocional, onde a ansiedade e a solidão são epidemias silenciosas. Neurocientistas e especialistas em inteligência emocional, como os que palestraram no Summit, de forma geral alertam: a cura passa pelo reequilíbrio entre tecnologia e humanidade. Por isso, o evento proporcionou reflexões e métodos práticos para resgatar o sentido da vida e propósito existencial em meio ao caos moderno.
O público eclético, de executivos, estudantes, líderes e famílias, evidenciou que a busca por bem-estar não é onda, tampouco modismo, mas, sobrevivência. As palestras foram um contraponto à lógica tóxica do “sempre produtivo, nunca satisfeito”, mostrando que felicidade e produtividade podem coexistir, desde que fundamentadas em autoconhecimento e propósito. A organização impecável do OCP também merece reconhecimento.
Em um cenário onde eventos muitas vezes pecam pela frieza operacional, o Summit primou pelo respeito e experiência humana: do credenciamento ágil à ambientação acolhedora, tudo foi pensado para facilitar a imersão e a conexão. Pode-se dizer que o OCP-Summit Inspira foi um marco para Jaraguá do Sul. Nosso propósito também foi demonstrar que a cidade está madura para iniciativas que unam excelência intelectual e impacto social, e que o bem-estar mental deve ser prioridade, não luxo.
Que este seja o primeiro de muitos outros encontros, pois, como bem manifestaram os reconhecidos palestrantes, o futuro da sociedade depende de mentes saudáveis, não apenas de máquinas eficientes.