Reiteramos que Jaraguá do Sul tem se destacado não apenas pelo seu desenvolvimento econômico, mas também pelo modelo de bem-estar social construído por meio da força voluntária da comunidade. Nossa cidade é conhecida pela dimensão industrial, de comércio e serviços e pela identidade empreendedora, mostrando ao Brasil e ao mundo um exemplo prático do que pode ser um Estado Mínimo eficiente. Nossa iniciativa privada, tanto jurídica como física, dedica e investe tempo, recursos e expertise em diversas áreas.
Projetos de educação, inclusão, saúde, mobilidade, cultura, meio ambiente, segurança, entre outros, têm sido impulsionados pela responsabilidade social corporativa e civil, demonstrando que o setor privado pode, sim, complementar e até potencializar as ações do poder público. O conceito de Estado Mínimo, amplamente debatido, propõe que o governo deve focar em funções essenciais, como segurança, justiça e políticas macroeconômicas, deixando que a iniciativa privada e a sociedade civil organizem e promovam outras áreas de interesse social.
Em Jaraguá do Sul, esse modelo tem sido evidenciado pela sinergia entre empresas, setor público e comunidade, onde o envolvimento de todas as representações não é apenas uma estratégia de marketing, mas uma filosofia integrada ao cotidiano enquanto sociedade. Vale salientar, outrossim, que o impacto positivo dessa unidade social voluntária cria e solidifica a cultura de colaboração e solidariedade, onde cada cidadão se sente parte ativa na construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.
Esse engajamento coletivo reflete o verdadeiro espírito do bem-estar social, onde todos contribuem para o bem comum, independentemente de sua posição ou capacidade financeira. A propósito, uma das características fundamentais de países democráticos desenvolvidos é a relação sociedade X Estado. Nesses países, a sociedade é dona do Estado. Ao passo que em países como o Brasil, que ainda não ascenderam a esse nível de consciência, o Estado é dono da sociedade.
Contudo, Jaraguá já se encontra num estágio de renegar essa condição de subserviência. Por isso, é necessário que o poder público também faça sua parte, criando um ambiente regulatório facilitador, que incentive as ações voluntárias das empresas e dos cidadãos. Parcerias público-privadas, desonerações fiscais para projetos sociais e reconhecimento público das iniciativas são passos importantes para promover e potencializar, ainda mais, essa nossa diferenciada cultura.