Acabara de caminhar minha caminhada diária, 55 minutos. E como já contei aqui, sempre ouvindo um palestrante a falar em inglês, palestras sobre psicologias da vida. Esse tipo de palestra me faz aproveitar o tempo: caminho, treino o inglês e ouço pensamentos sobre a vida, indispensáveis. Ontem, o palestrante falava sobre as transitoriedades na vida, aquela história de que nada vem e fica, tudo vem e passa. Ao terminar a caminhada, em casa, liguei a tevê, girei pelos canais e dei de cara com uma mulher lindíssima… Ela estava participando de uma novela, uma novela antiga: – “Histórias de Amor”. Essa novela entrou no ar em 1995. A tal mulher, atriz de ponta nas novelas da Globo, hoje “aposentada”, estava linda, de uma beleza daquelas de provocar fúria em muitas outras mulheres, inveja… E hoje? Hoje, essa atriz tem muito pouco ou nada da beleza de que desfrutou. Mesma coisa com os bonitos atores da novela Histórias de Amor. Todos, digamos, “murcharam”, não têm mais a beleza dos idos 1995… E era aqui que eu queria chegar. Como será que esses atores e atrizes, lindos e lindas de outrora, reagem ao se verem hoje na reprise da novela? Não são mais os mesmos? Fisicamente, não. E aqui entra a sabedoria budista, milenar: Nós temos o tempo em nossas mãos, vivemos a transitoriedade permanente, de ontem para hoje não somos mais os mesmos, nada no mundo o é… Viver o agora, a essência da pregação budista para a felicidade, significa não nos vermos no espelho das datas dos calendários da vida, isto é, como jovens ou velhos. Nós somos. Somos em linha reta, nunca voltar atrás e nunca viver no futuro, impossibilidades absolutas. Aceitar o “agora” como a eternidade da vida é sabedoria, uma sabedoria escassa, nós, humanos, por maioria vivemos tentando no presente viver as graças da transitória beleza física do passado. E aqui está uma garantida forma de sofrimento. Vendo cenas da novela de 1995, duvido que o pessoal que gravou a novela não morda os lábios ao ver-se hoje sem o viço da beleza de então. O espelho do tempo não nos alivia, mostra-nos a verdade da vida. O melhor é quebrar esse espelho e viver o agora.
VIDA
A palavra vida é tão vasta quanto o universo, vida não se define, se vive, nada mais. Ontem ouvi uma discussão entre religiosos, foi num shopping. Alguém perguntou: – Por que tantas pessoas vão à igreja? E outro respondeu: – Vão por solidão, vão na esperança de encontrar pessoas afins, vão para encontrar até mesmo um companheiro, companheira,vão para aliviar a vida solitária, enfim. Concordei na hora. Até porque aprendi que Deus mora em nós, então por que sair por aí? A razão é social, pessoal.
ELAS
As diversas doenças podem ser de todas as pessoas, porém, até há pouco certas doenças eram quase só masculinas, como as cardiopatias. Pois essas cardiopatias estão hoje derrubando florestas de mulheres. Por quê? Porque a maioria das mulheres saiu de trás dos outrora muros limitadores a elas e entraram nas arenas de luta, em igualdade. E aí, a chuva de pedras da sociedade as está igualando e derrubando. Sem volta, penso…
FALTA DIZER
Para os pobres, maioria absoluta dos brasileiros, o dinheiro sempre foi um pesadelo, então… Que os pais idosos não caiam na armação de filhos vagabundos que lhes vêm pedir dinheiro emprestado, dinheiro de consignados… Os pais vão se danar, dinheiro para filhos só na UTI, que os vagabundos vão trabalhar.