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O significado de um Bornhausen no governo Jorginho – Claudio Prisco

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

06/07/2024 - 06:07

Desde quinta-feira pela manhã, o governo Jorginho Mello tem mais um integrante no colegiado.
Trata-se do ex-deputado Paulo Bornhausen, que assumiu a Secretaria da Articulação Internacional e Projetos Especiais. Assumiu já com missão determinada. Fim de semana, o novo titular do colegiado tem rodada de negociações com o presidente Javier Milei, da Argentina.
No domingo, Paulinho acompanha o governador rumo a Portugal. Emblemática a presença do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), no ato de posse de Bornhausen. Sinalizou claramente que está alinhado à nomeação e aos encaminhamentos de Jorginho Mello.
Jorginho pilota o PL em Santa Catarina. Paulinho Bornhausen licenciou-se do PSD, a pedido do partido, para que fique claro que ele ingressa no governo por uma decisão pessoal e não por deliberação partidária. Só que Topázio Silveira Neto é candidato à reeleição pelo PSD.

Papai Noel

Pelo visto, apenas os dirigentes do PSD é que ainda acreditam que Topázio terá vida longa na trincheira pessedista. Durante a posse, Jorginho Mello cumprimentou Paulinho Bornhausen, colocando o broche com a bandeira de Santa Catarina na lapela do novo colaborador.

Sinalização

O que representa esse cumprimento? Apenas uma missão administrativa de Paulinho Bornhausen, que, aliás, é um quadro qualificado, preparado, e será muito útil ao governo Jorginho Mello? Não.

Parceiros

Isso, evidentemente, pode representar um compromisso político, compromisso de caminhada conjunta com vistas à reeleição de Jorginho Mello em 2026 e, quem sabe, até numa candidatura do próprio Paulinho às eleições de daqui a dois anos e três meses.

Linhagem

Aliás, Paulinho Bornhausen não é o único filho de ex-governador na equipe do governador.

JPK

João Paulo Kleinübing, até há bem pouco tempo era presidente do BRDE por indicação de Jorginho. Nesta semana, JPK assumiu a diretoria financeira do banco. Ele é filho de Vilson Pedro Kleinübing.

Repeteco

O script da chegada de Bornhausen ao governo lembra a investidura de Ricardo Guidi, que assumiu, no ano passado, a Secretaria do Meio Ambiente, quando ainda era filiado ao PSD. Hoje, Guidi está no PL para disputar a prefeitura de Criciúma. Lá atrás, ele também se licenciou do partido para assumir uma pasta de primeiro escalão. Ou seja, Paulinho é o segundo que se licencia da legenda e deixa o PSD em situação delicada.

Pelas beiradas

Jorginho, muito astuto, vai trazendo nomes importantes e vai esvaziando, vai enfraquecendo o PSD em Santa Catarina.

Combo

Nunca é demais lembrar que Paulinho Bornhausen é filho do ex-governador, ex-senador e ex-ministro Jorge Konder Bornhausen. Seguramente, com Paulinho aliado a Jorginho Mello, o próprio JKB ficará em dificuldade de não estar nesse projeto.

Evidente

Isso é uma questão mais ou menos óbvia. Aliás, a família Bornhausen que já integrou também outro governo, o de Paulo Afonso Vieira, quando a filha, Fernanda Bornhausen, fez parte do colegiado do emedebista.

Sem dificuldades

Também é de bom alvitre rememorar, nessa conjuntura, que Jorge Bornhausen já foi aliado do falecido Luiz Henrique da Silveira e de Eduardo Moreira, que, assim como Paulo Afonso, foram lideranças do MDB catarinense no seu auge.

Tease

Ou seja, novidades à vista para 2026. Figuras que poderiam estar contra Jorginho Mello, não dá para duvidar, poderão estar se firmando no projeto de reeleição do governador.

 

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