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O risco invisível nas bebidas adulteradas

Foto: OCP News

Por: Editorial

04/10/2025 - 06:10

A ameaça representada pelas bebidas alcoólicas adulteradas não pode ser subestimada. O recente alerta nacional, motivado por casos de intoxicação por metanol, atinge em cheio a confiança do consumidor brasileiro e exige vigilância permanente. Ainda que Jaraguá do Sul e Santa Catarina não tenham registros confirmados, a nota orientativa emitida pelo Procon local deixa claro que o problema não conhece fronteiras: trata-se de uma questão de saúde pública que precisa ser enfrentada com seriedade.

Os números expostos por entidades do setor são alarmantes. Se mais de um terço das bebidas comercializadas no País têm algum tipo de fraude ou falsificação, estamos diante de um cenário de risco sistêmico. Uma em cada cinco garrafas de vodca adulterada não é estatística inofensiva; é uma roleta russa imposta ao consumidor. E quando a vida das pessoas está em jogo, não há espaço para descuido.

A responsabilidade é compartilhada. O poder público precisa intensificar a fiscalização e punir com rigor quem coloca a saúde da população em perigo. O setor produtivo deve redobrar os controles de qualidade e colaborar no combate ao mercado paralelo. Já o consumidor tem de assumir o papel de guardião da própria segurança, verificando procedência, desconfiando de preços fora do padrão e denunciando suspeitas.

Ignorar o problema é abrir espaço para tragédias evitáveis. Jaraguá do Sul, mesmo sem registros até agora, deve se manter atenta e proativa. Um mercado de bebidas seguro é condição indispensável não apenas para a economia, mas, sobretudo, para a preservação da vida. Esse alerta não é exagero: é uma convocação à responsabilidade coletiva.

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