Os Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) são substâncias químicas orgânicas que têm uma alta pressão de vapor em condições normais de temperatura e pressão, o que significa que podem evaporar facilmente em forma de gás. Eles são liberados por vários materiais de construção, produtos de limpeza, tintas, móveis, materiais de escritório e outras fontes comuns em ambientes internos.
COVs podem ser prejudiciais à saúde humana, dependendo do tipo e da concentração em que são inalados. Algumas das ações que eles podem ter em nosso organismo incluem: A relação entre Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) e a arquitetura pode ser um fator importante a ser considerado quando se trata do impacto dessas substâncias no organismo humano. A especificação e o uso de um mix de materiais podem influenciar a concentração e a exposição aos COVs, afetando a qualidade do ar interno e, por consequência, a saúde dos ocupantes.
Os COVs são liberados por uma variedade de materiais de construção e acabamento utilizados na arquitetura, como tintas, adesivos, carpetes, mobiliário e materiais de isolamento. Essas substâncias têm a capacidade de evaporar facilmente em forma de gás e são liberadas no ar em ambientes internos. A exposição contínua e a inalação desses COVs podem resultar em vários efeitos no organismo humano.
Uma das principais vias de exposição aos COVs é a respiratória. Quando presentes em altas concentrações no ar interno, eles podem causar irritação nos olhos, nariz e garganta, além de desencadear sintomas como tosse, espirros e falta de ar. Para pessoas que já têm condições respiratórias pré-existentes, como asma, essa exposição pode agravar os sintomas e dificultar a respiração.
Além disso, alguns COVs são conhecidos por terem efeitos neurotóxicos, afetando o sistema nervoso central. Isso pode resultar em dores de cabeça, tonturas, fadiga e até mesmo alterações cognitivas. Exposições prolongadas a altos níveis de COVs também têm sido associadas a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.
A arquitetura pode desempenhar um papel fundamental na mitigação dos efeitos dos COVs no organismo humano. Uma das estratégias é o uso de materiais de construção e acabamento com baixas emissões de COVs, como tintas com baixo teor de compostos orgânicos voláteis e móveis feitos de materiais de origem sustentável. A ventilação adequada dos espaços internos também é essencial para permitir a diluição e a remoção dos COVs do ar, melhorando a qualidade do ar interno.
Ambientes com materiais naturais, como pedra, bambu, vidro, terra, madeira, linho e principalmente a vegetação natural, criam um microclima natural no ambiente diminuindo a liberação de COV(s) e a vegetação natural como principal elemento, funciona como filtro natural do ar, absorvendo estas substâncias tóxicas e nos devolvendo um ar mais puro e ambiente mais saudável.
Além disso, a disposição dos ambientes pode influenciar a exposição aos COVs. Espaços bem iluminados e abertos com acesso a luz natural e ventilação podem ajudar a reduzir a concentração de COVs, devido ao fluxo de renovação do ar.
Portanto, a presença de COVs nos nossos ambientes internos pode ter um impacto significativo na saúde humana. Portanto, é fundamental que arquitetos, estejam conscientes dos materiais utilizados e das estratégias de ventilação aplicadas para garantir ambientes internos mais saudáveis e seguros. A preocupação com a qualidade do ar interno deve ser levada em consideração desde a fase inicial do projeto até a ocupação dos espaços, visando o bem-estar e a saúde dos seus usuários.
Ambiente por Bia Abreu Paisagismo – Jardim Reflexo da Alma (CasaCor SP 2023). Foto: Renato Navarro
Por Juliana Jagelski Daniel
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