A gastronomia é reflexo do seu tempo. Logicamente, num momento de tantas mudanças rápidas, ela também sofre transformações significativas.
É notável a crescente importância da culinária artesanal, sustentável e personalizada, bem como a inovação em técnicas e ingredientes. Há uma tendência para a valorização da cultura culinária regional. Há grande procura por produtos locais, orgânicos e de produção artesanal, refletindo uma maior consciência sobre a origem e o impacto ambiental dos alimentos e processos.
A busca por experiências gastronômicas únicas e imersivas, como o turismo gastronômico, cresce aceleradamente em todo o mundo. Observamos a criação de restaurantes conceito que transcendem a simples alimentação, oferecendo experiências únicas e envolventes. Um exemplo que chama atenção (e virou até um filme na Netflix- Nonnas) é o restaurante Enoteca Maria, em Staten Island, Nova York, é conhecido por contratar “nonnas” (avós italianas) para cozinhar pratos tradicionais. Em vez de chefs renomados, o restaurante oferece uma experiência gastronómica autêntica, baseada em receitas familiares transmitidas de geração em geração.
O turismo gastronômico pode tornar pequenos vilarejos conhecidos e destinos desejados. Pode também dar um novo ponto de vista para grandes cidades. é capaz de impulsionar empresas locais, como vimos acontecer com produtores de vinhos, queijos, azeitonas, presuntos, frutas, peixes e tantos outros produtos pelo mundo.

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A gastronomia é um fator de identidade e de desenvolvimento. Ela não pára no tempo. Segue modismos, se atualiza e inspira outros segmentos a mudar também.