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O MDB e o governo – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

17/10/2024 - 06:10

O governador Jorginho Mello tomou um café da manhã ontem com os deputados do MDB.
Os dois filhos, Filipe e Bruno, só apareceram em alguns momentos. Mas, pelos lados do Manda Brasa, estavam lá os seis estaduais, o secretário Jerry Comper (Infraestrutura) e o presidente licenciado do partido, Carlos Chiodini.
O governador voltou a oferecer a Secretaria de Agricultura para o partido. O MDB vai avaliar, mas a sigla quer uma participação mais efetiva.
Se for um encaminhamento na direção da autonomia, tanto para a Infraestrutura como para a Agricultura, o deputado Antídio Lunelli aceitaria o desafio em uma decisão partidária.
O emedebista já declinou do convite em duas oportunidades. O que está em debate, contudo, nas fileiras do partido, não é só a presença no primeiro escalão. Considerando-se que o MDB é um partido estadualizado, é fundamental que a sigla seja contemplada regionalmente.

Espaços

Significa que candidatos a prefeitos que não se elegeram no dia 6 poderiam ser aproveitados em segundo, terceiro e quarto escalões pelo Estado. Seria o gesto do governador para que efetivamente o MDB sinta-se partícipe do governo. Isso vai muito além de apenas entregar uma secretaria, o cargo de secretário.

Conversa boa

Estas foram as condições sugeridas pelo MDB. Nessa direção, os deputados gostaram da conversa do governador. Porque isso já poderia gerar um compromisso para 2026.

Nomes

O aproveitamento de emedebistas pelas diversas regiões catarinenses seria fundamental para que o partido pudesse compor chapas proporcionais (Assembleia e Câmara) com viabilidade eleitoral para o próximo pleito.

Condição

Se for para o MDB ocupar mais espaços no governo, e Jorginho parece inclinado por essa abertura, a conversa passa também pela presidência da Assembleia.
Jorginho Mello teria deixado no ar que gostaria de fazer um acordo com o MDB para o comando do Parlamento Estadual.

 

Nova rodada

Ficou acertado entre o governador e os emedebistas um novo encontro ainda em outubro, quando tudo indica que selarão um acordo. O entendimento envolve tanto a composição do governo quanto a formação da nova mesa diretora da Assembleia, culminando em uma articulação eleitoral para 2026, alinhada ao projeto de reeleição de Jorginho Mello.

Continuidade

Num determinado momento, o líder emedebista Fernando Kreelling lembrou da tese que permitiria a continuidade de Mauro de Nadal à frente da Casa. Possibilidade vista com bons olhos pelo governador. Para isso, seria necessária a aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), alterando a Constituição e permitindo a reeleição de um deputado na mesma legislatura. A aprovação da PEC exige quórum de três quintos dos membros da Assembleia.

Sequência

Porque no final das contas ficaria tudo como está. O MDB continuaria na presidência da Assembleia e o governador evitaria qualquer contratempo de o PSD se articular, via Júlio Garcia, para ele ser o candidato ou indicar alguém para o comando do Parlamento.

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