Os três anos consecutivos sem crescimento econômico, que serão completados ao fim de 2016, resultarão na segunda maior queda na renda per capita dos brasileiros em 70 anos. O Instituto Brasileiro de Economia da FGV-Rio estima que o PIB per capita acumule retração de 9,1% no período. Desde 1947, quando começa a série oficial do IBGE, apenas no período recessivo de 1981 a 1983 a renda encolheu mais: 12,4%.
Em valores correntes, se o ano acabasse em junho, o PIB per capita seria de US$ 8.850. Menos da metade dos US$ 20 mil do mundo desenvolvido e bastante distante da melhor performance do país, registrada em 2011, quando ficou em US$ 13,2 mil. “Na prática, isso mostra que todos estamos mais pobres. Vamos levar anos para recuperar o pico atingido em 2011 e estamos cada vez mais distantes do valor considerado ideal para se ter bem-estar social das pessoas”, analisa Silvia Matos, economista do Ibre/FGV. O empobrecimento da população, lembra ela, explica a queda no consumo das famílias medido pelo PIB.
Qualificação contra crise
Bares e restaurantes catarinenses estão sendo estimulados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SC) a investir em qualificação para conseguirem melhores resultados. O programa Abrasel Qualifica, fruto de convênio com o Sebrae-SC, oferece cursos de baixo custo em diversas áreas do segmento, com curta duração e vagas limitadas. E vantagem de 50% de desconto para associados. Raphael Dabdab, presidente da Abrasel no estado, diz que a capacitação é importante para amenizar os efeitos da crise. “Um em cada três restaurantes do país opera no prejuízo e esta é uma foram simples e barata para amenizar este quadro”, afirma. Mais informações no e-mail secretariasc@abrasel.com.br.
Destaque da Índia no Brics
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro voltou a registrar queda no segundo trimestre de 2016, segundo mostram os dados divulgados na última quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o Brasil e a Rússia em crise, a África do Sul registrando atividade econômica fraca e a desaceleração chinesa, a economia indiana é destaque de expansão entre os Brics (grupo formado por esses países). A economia da Índia cresceu mais que a da China em 2015 pela primeira vez desde 1999, e a previsão do Fundo Monetário Internacional é que essa seja uma tendência pelos próximos anos. No segundo trimestre de 2016, o PIB da Índia cresceu 7,1% contra o mesmo período de 2015. Na mesma base de comparação, a economia da China teve uma expansão de 7%, enquanto a do Brasil, registrou um recuo de 3,8%.
Walmart cortará 7 mil postos de trabalho
A rede ---varejista Walmart vai cortar cerca de 7.000 postos de trabalho nos EUA, a maior parte em contabilidade e outras posições administrativas, conforme informação do “Wall Street Journal”. Entre as funções a serem eliminadas, estão as de trabalhadores que gerenciam fluxos de caixas de uma loja apenas.
A empresa vem se empenhando em colocar mais funcionários na área de vendas, enquanto reduz as equipes do setor administrativo, conforme o “WSJ”. Recentemente, criou um sistema de escala de trabalho para 650 lojas nos EUA a fim de aumentar as equipes os horários de pico. A companhia afirmou ainda que vai investir US$ 2,7 bilhões em treinamento dos funcionários.
Crescem vendas pela internet
As vendas pela internet no país movimentaram R$ 19,6 bilhões no primeiro semestre, um aumento de 5,2% em relação ao mesmo período de 2015. Os dados são do 34º WebShoppers, o principal relatório sobre o e-commerce brasileiro.Três fatores teriam sido determinantes para o desempenho do setor nos primeiros seis meses do ano, de acordo com o estudo: o aumento de 7% no valor do tíquete médio, que subiu a R$ 403,46, puxado pela alta de preços registrada pelo Índice FIPE/Buscapé; a maior participação das classes AB nas compras online; e a manutenção das vendas de categorias de produtos de maior valor, como “Eletrodomésticos” e “Telefonia/Celulares”. Colaborou ainda para o bom movimento das vendas, segundo a WebShoppers, o aumento de 31% no número de consumidores virtuais ativos (aqueles que realizaram pelo menos uma compra no período), que chegou a 23,1 milhões.
Imóveis têm queda real de 8,95%
O preço médio dos imóveis anunciados para venda teve queda de 0,03% nos últimos doze meses terminados em agosto, segundo o índice FipeZap. No entanto, considerando a inflação esperada para o período, de 8,95% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a queda real do preço dos imóveis foi de 8,24% no período. A maior queda registrada pela pesquisa foi no Rio de Janeiro, com baixa de 3,42% nos preços.