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O Brasil reage – Claudio Prisco Paraíso

Por: Claudio Prisco Paraíso

27/09/2023 - 06:09

Já é perceptível uma reação da sociedade brasileira aos desmandos do Supremo Tribunal Federal, desmandos esses que merecem o apoio do Palácio do Planalto. É o consórcio do Poder Judiciário com o Poder Executivo. E o terceiro Poder, o Legislativo, segue acovardado. Tirando algumas vozes que sempre se manifestam e reagem, de uma maneira geral o Parlamento submergiu.

Vemos, no entanto, reações cada vez mais fortes na sociedade civil e também na religiosa. A classe empresarial sobe o tom ante tantos desmandos e a insegurança jurídica cuja escalada jamais foi registrada desde a redemocratização.

A gota d’água foi o voto da presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, que será alcançada pela expulsória no próximo mês, em torno da questão do aborto. Ela votou favoravelmente à descriminalização do aborto para gestantes de até doze semanas! Isso mesmo.

Noutra ponta, autoridades do conluio, sinalizam grande preocupação com os ovos de tartaruga, com os filhotes das baleias e por aí vai, mas fazem vista grossa quando se fala em fecundação, em concepção, em feto, em vida humana.

 

Sangue inocente

Estão liberando o sacrifício de inocentes, indefesos, em nome da liberdade e do empoderamento da mulher. Inversão completa e inaceitável dos valores, das bases nas quais a humanidade construiu sua caminhada ao longo de milênios.

 

Absurdo

Essa posição inaceitável da suprema toga tem tudo para ser o gatilho que faltava para que a população brasileira volte a reagir e a ocupar as ruas, a frequentar novamente o asfalto.

 

Sepulcral

Depois do silêncio ensurdecedor do 7 de setembro, que mais parecia um cemitério vazio, uma solenidade fantasma, sem a presença do brasileiro, o asfalto deve voltar a roncar. O Dia da Independência foi uma resposta a esse governinho que aí está, que não disse ainda a que veio e que não vale absolutamente nada.

 

Calendário

Se aproxima o dia 12 de outubro, data dedicada a Nossa Senhora Aparecida. Há lideranças em todo o país se movimentando para haver manifestações neste dia que também, coincidentemente e sintomaticamente, é o Dia da Criança.

 

Asfalto

É o chamamento para que o povo brasileiro compareça às ruas. Quem trabalha e produz, quem paga os impostos e a conta dessa farra toda não tem apenas o direito, mas o dever de se manifestar, de reagir.

 

Zero à esquerda

Até porque não há mais esperança no que diz respeito ao Congresso Nacional. Quem tem o poder, de fato, de mudar algo nessa escalada esquizofrênica rumo à aniquilação do Brasil é a população, a sociedade. Quiçá a coragem e a honra vençam o medo que se estabeleceu neste país. E que se repitam as manifestações no dia 15 de novembro, data da Proclamação da República.

 

Deu

Se faz necessário um basta. Dizer um retumbante NÃO, a esse estado de coisas. Os 11 ministros do Supremo não levaram sequer um voto, um mísero voto popular para estarem onde estão. Não cabe a eles tomarem decisões que influenciem o dia a dia, o cotidiano da sociedade brasileira.

 

É lei

Essa atribuição é exclusiva das Casas Legislativas que representam o povo (a Câmara) e o Senado, que representa a federação. Ponto. Também é atribuição, absolutamente negligenciada, registre-se, da Câmara Alta atuar como poder moderador e de conter os abusos e excessos do STF.

Rito

É no Senado que são sabatinados e aprovados os ministros indicados pelos presidentes de plantão. A Casa agora está de costas para a sociedade brasileira. Só resta mesmo o povo ir às ruas protestar.

 

Tripé

O STF ataca em três frentes, todas cruciais. O direito à vida, o direito à propriedade e o direito à liberdade. Estão destruindo este tripé, fundamental para a vida democrática, à velocidade da luz.

 

E a Constituição?

Quando tratam do aborto da forma que está sendo tratado, suas excelências togadas atacam frontalmente o direito à vida. A prática abortiva é rechaçada pela esmagadora maioria da população brasileira. Um adendo aqui. Atentam contra o direito à vida saudável e à segurança da sociedade ao atuarem para descriminalizar as drogas. Colocando em risco a nossa juventude, o futuro. O segundo pilar solapado, corroído, é o direito à propriedade.

 

Cristalina

A Constituição é clara. Desapropriação é legal apenas em terras não produtivas. Os 11 supremos, contudo, estão querendo avançar sobre terras produtivas. Nesse mesmo contexto, do direito à propriedade, veio a queda do Marco Temporal, que gera grande injustiça e ainda mais insegurança jurídica (se é que é possível).

 

Quase 30%

Do jeito que o STF quer, os pouco mais de 900 mil índios brasileiros terão um território de 28% deste país, o que equivale a toda a região Sul e boa parte do Sudeste!

 

Trabalhar não é crime

Estão em risco agora propriedades de agricultores que produzem e que estabeleceram o Brasil como uma das bases alimentares do planeta. Os índios não têm nem capacidade de produção.

Por fim, os 11 iluminados atacam a nossa liberdade. Quem é de esquerda pode fazer o que bem entende. Temos vivenciado uma festa, uma farra, um escárnio, um deboche atrás do outro.

 

Narizinho

Gleisi Hoffmann, a deputada que preside o PT, declarou que a nação não precisa de Justiça Eleitoral. E o que recebeu de reprimenda? Por parte do xerife, do delegado, apenas uma nota oficial, sem citá-la, questionando o posicionamento.

 

Pesos e medidas

Se fosse um parlamentar de direita já estaria preso, com toda certeza, acusado de golpista e por aí vai. Estão a dilapidar três direitos fundamentais do brasileiro: o direito à liberdade, à vida e à propriedade. Chegou a hora de dar um basta, dizer NÃO, e colocar o supremo no seu devido lugar.

 

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