O mundo está perplexo com o que transcorreu no último final de semana, precisamente no sábado, na Pensilvânia, com o atentado contra o ex-presidente e candidato, Donald Trump. Perplexidade na medida em que mostra como a nossa sociedade está doente e radicalizada nas suas convicções políticas e ideológicas. Evidentemente que o episódio vai produzir reflexos não apenas na eleição americana, mas em boa parte dos países, especialmente nos do ocidente.
Não há como ignorar essa situação, particularmente em terras tupiniquins. Considerando a proximidade de Trump com a principal liderança do conservadorismo brasileiro, o também ex-presidente Jair Bolsonaro, que já se manifestou e prestou sua solidariedade ao norte-americano. É evidente que não ficamos restritos ao ambiente continental, seja da América do Norte, da América do Sul ou da América Central.
Claro que não. Isso também chega à comunidade europeia. Mesmo assim, vamos nos ater mais ao contexto brasileiro.
Estamos em 2024, ano de eleição municipal. As questões locais, regionais acabam prevalecendo na hora em que o eleitor aperta o confirma nas urnas.
Mas as eleições deste ano, elas representam uma espécie de prévia para o processo eleitoral estadual e nacional de 2026.
Turbinada
Com o episódio registrado no último sábado, evidentemente a recandidatura de Donald Trump pelo Partido Republicano se fortalece. Na eventualidade da sua eleição, não resta a menor dúvida de que os desdobramentos vão se registrar, sim, aqui no Brasil. Olhando, claro, para 2026.
Sem Bolsonaro
E não vão provocar desdobramentos apenas partindo da premissa de que Bolsonaro possa estar com seus direitos políticos restabelecidos, derrubando aquilo que está estabelecido, que é a sua impossibilidade de disputar as eleições. Vamos partir do princípio, da premissa de que Bolsonaro está fora do jogo.
Antes tarde
Mas é claro que todo esse quadro acaba provocando ventos a favor da direita, a favor do conservadorismo. Até porque o desgoverno Lula da Silva e os desatinos do inquilino do Palácio do Planalto, delirante, completamente fora de foco, contribuem para a alternância do poder.
Ideologia
Não vamos nos fixar em nomes, se poderá ser Romeu Zema, Ronaldo Caiado, Tarcísio de Freitas, ou seja lá quem for.
Nota só
O fato é que o PT só tem Lula da Silva. Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, ex-governador da Bahia por oito anos; Camilo Santana, também ex-governador do Ceará, ministro da Educação… zero chance para este tipo de perfil. Zero.
Mais zeros
Quem sabe então Gleisi Hoffmann, a narizinho, ex-senadora, deputada, presidente do partido no Plano Nacional. Zero. Opa, mas o PT tem o eterno poste Fernando Haddad, que já disputou a eleição em 2018, quando Lula da Silva cumpria a pena em Curitiba. Zero. O PT só conta com ele, o fundador número um do Partido dos Trabalhadores, a deidade que move os lulofanáticos. Simples assim.
Fixação
De 1989 para cá, nós tivemos oito eleições. Lula, eternamente em campanha e sempre no palanque (exceção feita aos 580 dias que esteve no xilindró) disputou cinco delas. Haddad, por impossibilidade do líder supremo, concorreu em 2018. Dilma, a inepta, foi o nome vermelho em 2010 e 2014.
São as únicas três figuras do PT. Haddad não consolidou a liderança. Dilma pertence ao passado, foi cassada na segunda metade do seu segundo mandato, e escancarou a absoluta incapacidade, e o tamanho do devaneio petista, para cumprir as funções presidenciais.
Ele, ele, ele
O PT só tem Lula. Um cidadão completamente combalido. De modo que à esquerda vai ter que encontrar um nome se ainda quiser ter algum futuro.
Baú de novidades
É pouco provável que o ache nesse curto espaço de tempo. Tudo leva a crer que daqui para frente, tanto pela influência internacional, quanto pela realidade nacional, o país caminha para a retomada do controle do poder central por uma liderança conservadora de direita.