O apelido dela – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

29/05/2024 - 07:05

Nada mais difícil do que achar a saída de um labirinto. Dobramos pra cá, dobramos pra lá e nada de achar a saída. De modo geral, todos estamos nesse labirinto, um labirinto que tem o nome de “liberdade” ou o apelido de “felicidade”. Como é que se acha a felicidade, onde é que ela está, por que se esconde tanto? Já houve quem dissesse que a felicidade não se esconde, nós é que a escondemos ou não a queremos ver. Pior de tudo é fugir dela… São muitas as bússolas para a felicidade. Uma delas, tão velha quanto a lua, é a do desapego; quanto mais nos desapegarmos dos secundários, do que não precisamos, mais nos aproximamos da felicidade. A propósito, lembro de outra obviedade, a de que a felicidade tem um apelido: simplicidade. Impossível ser feliz sem vivermos a simplicidade. De outro modo, viveremos de forma estúpida como alguém, por exemplo, buscando ser a pessoa ou o tipo prepotente mais rico do mundo, com mais e mais dinheiro no banco, uma ânsia sem fim. Felicidade e simplicidade andam de mãos dadas. Preciso de roupas? Preciso, mas não preciso de “etiquetas”, de grifes, muito mais para me exibir que para me vestir. Uma roupa limpa e bem assentada sobre nós, pronto, basta. Um carro que anda, que me leva aonde preciso? Sim, o meu, o que tenho agora. Ou será que para ser feliz preciso de um carro de um milhão? E assim com a casa onde moramos. A casa precisa, e isso depende de nós, de ser um “cantinho” cálido, aconchegante, um recanto feliz. E de quem depende tudo isso? Vários gênios da humanidade viveram sem luz elétrica, sem água encanada, sem automóveis, sem ar-condicionado, sem nada do que temos e não valorizamos, todavia, foram gênios, deixaram marcas e, por que não? – foram felizes. Outros tantos que conhecemos vivem nadando nas farturas materiais da vida, exibem-se de todos os modos, mas não dormem, vivem inquietos, bolsas cheios de comprimidos para combater suas loucuras, suas incertezas, seus medos, suas silenciosas, ou nem tanto, infelicidades. Se a felicidade não fosse uma possibilidade de todos, aí sim, devíamos acreditar nos demônios. Mas os demônios só existem em nossas cabeças. Culpa nossa.

ESTULTÍCIA

O cara é todo atlético, deve ter mais de 1,80 de altura, bem desenhado fisicamente, mas… Um imbecil. Ele posta, quase todos os dias, imagens dele dançando, dançando aquelas dançinhas de tiktoks baratos, reboladinhos, sorrisinhos… Por que ele faz o que faz? Para provocar e para ser notado. Será interessante vê-lo dançar na “salinha dos fundos”, danças que ele ainda não dançou… Mas a sociedade hipócrita acha graça e aplaude. Os iguais se atraem…

EXEMPLOS

Ninguém escapa, todos somos um resumo de muitos dos exemplos de pessoas que nos deixaram moldes na personalidade. Os pais são, deviam ser, os primeiros e bons modelos. Mas hoje o que mais se vê são pais omissos e péssimos modelos, modelos para os ruins da vida. Maioria. Onde mais buscar exemplos? Fora de casa, são as deletérias redes (anti) sociais, onde preponderam os exemplos chamados de “influencers”, Santo Deus, socorro! Salvemos as crianças!

FALTA DIZER

Estive esta semana no Centro de Cultura de Florianópolis, celebração dos 189 anos de criação da nossa PMSC, a melhor polícia militar do Brasil. Um show inesquecível. A banda/orquestra da PM, cantores, bailarinos, alegria, entusiasmo, educação e certeza… A certeza de que com a nossa Polícia Militar podemos ir e vir tranqüilos. E ainda nos divertir num show inesquecível. Continência!

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.