Supondo que alguém lhe pergunte como vai a sua empresa, o que você responderia? Talvez responda – Ué, não tenho empresa, que pergunta boba! Pois eu lhe garanto, você tem sim uma empresa, uma grande empresa ou uma empresinha à beira da falência, tudo vai depender do gerente da empresa: você. Você, eu, a mãe Joana, todos somos uma empresa e ao mesmo tempo o gerente dessa empresa. Estou fazendo um teatro literário para chegar à frase que acabei de ler, claro, numa reportagem de jornal. Um empresário paulista falando da gerência da empresa, de sua posição no mercado, essas coisas. O empresário disse, certa altura, que: – “Se você quiser ser realmente disruptivo em seu negócio, não é tão complicado. Tudo o de que você precisa é de tolerância ao risco, um idéia e trazer um ingrediente de inovação. Assuma um risco, faça algo e comece o seu processo de aprender…”. Ora, o que o empresário disse nada mais é que uma obviedade para empresários vencedores e para nós, empresários de nós mesmos. Já disse, cansativas vezes, que nós somos uma empresa no mercado. Empresas precisam ter uma marca, no nosso caso uma habilidade profissional e um caráter a emprestar à nossa empresa a confiança de que os “consumidores” precisam e procuram. Nossos “consumidores” são as pessoas que nos descobrem, apreciam e nos consomem/procuram continuadamente, querendo mais e mais estar conosco, afinal, somos um bom “produto”. Nada diferente dentre nós e qualquer produto à disposição nas gôndolas do supermercado. O diacho é que muitos, a maioria, não se vêem assim, atiram para todo lado e querem acertar no alvo, no alvo do sucesso na vida. Tolerância ao risco é para poucos, ademais o risco deve ser sobre algo que faça parte do nosso jeito de ser, caso contrário será “falência” na certa. Coragem para enfrentar riscos? Bolas, sair da cama pela manhã já é um risco. Coragem para sair de um casamento ruim, um risco perigoso? Quem não pode? Os frouxos e os fantasiosos acham que não podem, acreditam que ela ou ele vai mudar… E não esquecer, inovações permanentes, isto é, não ficar o resto da vida no que um dia deu certo. Tudo muda na vida. E aí, o seu “negócio” vai bem, de vento em popa?
REPETIÇÃO
O teclado já está desbotado de tanto que já falei disso aqui… Desistir jamais, vamos de novo. Cuidar dos cabelos, das roupas, ter carro do ano, morar numa casa admirada, isto e mais aquilo, tudo em vão se a pessoa a dominar essas posses não tiver qualidade no falar. O que revela uma pessoa não são as posses, mas a fala: – Fala, se queres que te conheça! Ninguém improvisa qualidade na fala, a fala vem e revela…
MENTIRAS
Há pessoas, em todas as camadas da arquitetura social, que mentem muito, são até chamadas de mitomaníacas, uma doença mental. Ocorre que quem mente corre o alto risco de ser identificada como mentirosa e perder todo o respeito. Imagine isso num casamento, no ambiente de trabalho, nas amizades, só não digo na política porque aí, pessoal, quem não mentir não se elege. A história comprova.
FALTA DIZER
A palavra mais robusta para o crescimento saudável de uma criança é a palavra “não”. Um “não” dito de modo enfático diante de riscos, atrevimentos ou ignorâncias. O “não” educa para sempre, afinal, quem não sabe que as crianças são regidas pelo princípio de prazer? Ocorre que muitos prazeres liquidam a vida…