No passado, quando alguém fazia uma bobagem era chamado (era?) de palhaço. Uma falta de respeito aos rapazes da “palhaçaria”. Os palhaços estão trabalhando, dão um duro danado para fazer rir aos amuados da vida, estupenda maioria. Deixe-me dizer da nossa conversa de hoje. Assunto repetitivo, mas que está fora de controle. As pessoas precisam entender que todos nós, sem exceção, somos nós e nossas circunstâncias. Isto é, tudo o que de um modo ou de outro se aproxima de nós faz parte da nossa vida, temos que respeitar. Já falei aqui de um conhecidíssimo apresentador de televisão que sai para fazer caminhadas em Copacabana no Rio de Janeiro vestindo sunga. O cara todo pelado, só de sunga. Nesse caso, sim, um palhaço, tremendo “palhaço”, fora do circo… Como é que um sujeito que muitas vezes apresenta um notável telejornal à noite veste sunga para andar na rua? Engraçado, os garotões, os jovens atletas não usam sunga, os velhos idiotas e outros parvos, como esse da tevê, saem por aí de sunga. O que quero dizer é que somos nós e nossas circunstâncias, quando andamos na rua estamos, queiramos ou não, representando a empresa onde trabalhamos, a escola onde estudamos… Qualquer desatino ou indecência feita nas ruas, longe do ambiente de trabalho, não vai faltar quem reconheça a pessoa e diga – “Olha lá, o fulano, a fulana da empresa tal, bah, olha o que está fazendo, olha como está se vestindo…”! Quando saímos de casa saímos com o nome da família, com o nome da empresa onde trabalhamos, com o nome do grupo, enfim, a que pertencemos. Ninguém escapa, todavia, o que hoje se vê é uma desatenção, uma falta de educação, uma falta de respeito da pessoa com ela mesma e com o grupo, com as circunstâncias em que ela vive. O mesmo apresentador “sério” do telejornal da noite andou, dia destes, dançando ridiculamente numa festa de aniversário de uma menina “artificial”, produzida pelos pais para parecer linda e rica, muito rica. A festa, como tudo o mais que fazemos, revelou, mais uma vez, os pais da mocinha, ela mesma e os convidados bobões, exibidos e vazios. Somos nós e nossas circunstâncias. Claro, nem vou falar em candidatos nem em políticos eleitos…
PIRADO
Ontem, reorganizando alguns livros na estante, reencontrei o livro Esaú e Jacó, de Machado de Assis. Eu devia estar pirado, peguei esse livro no passado e o levei para o camarim da tevê onde eu trabalhava. Deixei-o na mesa de maquilagem. Pus uma baita dedicatória no livro, dizendo assim: – “O livro é para o colega que o encontrou, um presente do Luiz Carlos Prates”. Dias e dias e dias o livro por lá, ninguém o “achou”… Hummm
VERDADE
Ajeito a cadeira para o chimarrão e “clico” no canal Viagem. Faço isso e me irrito, vejo castelos, fortalezas, palácios de filmes de ficção, tudo real, pedra sobre pedra, só que… Tudo construído por mão de obra escrava. Um templo, daqueles de cinema, na Tailândia levou 30 anos para ser construído e perto de 300 mil “escravos” o ergueram. E isso é História? Toda Europa é assim. Os canalhas oportunistas/escravagistas sempre existiram. “Pegá-los”, vão construir uma salinha dos fundos…
FALTA DIZER
Clube do tiro para cá, clube do tiro para lá… E o Clube do Livro aonde anda? Quero ver o bacanão fazendo pose, segurança um baita “trabuco”, um livro de 300 páginas, hein, por onde anda o bacanão? Ah, e será que existe livraria no “Planalto”?