Vou lhe fazer uma pergunta. Se você for uma pessoa comum vai dizer que não… Se for uma pessoa consciente provavelmente vai dizer sim. Não vale mentir, a maioria mente, mente mesmo. A pergunta é a seguinte: Você é feliz?
Vivo dizendo em minhas palestras que as pessoas costumam colocar a felicidade no lá e no então, isto é, lá, em outro lugar, e então, em outro momento. E a felicidade só pode ser vivida no aqui e agora, jamais em outro lugar e em outro momento. Para ser feliz uma pessoa precisa estar consciente de todos os fatores positivos da sua vida. E sentir-se grata por eles…
Ocorre, e é só por isso que estou de volta ao assunto, que as pessoas não se dão conta das tantas “riquezas” de que estão cercadas, não as valorizando como deviam. Exemplo? Vários. A saúde, por exemplo. A família, os amigos, o trabalho, a liberdade, graças de que dispomos e mais das vezes não reconhecemos. Mas vá perder um desses valores para ver…
O diacho na condição humana é que para ser felizes temos que ter o que não temos e muitas vezes de que não precisamos. Desejos remotos e de poucos significados reais. A conta nunca vai fechar, realizado um desejo, vem outro, e outro… E assim até o último suspiro. Muito frequente é você invejar alguém cuja vida se soubesse bem dela teria arrepios. É aquela velha questão a que tanto me tenho referido nestas conversas, nós conhecemos os outros por fora e eles se conhecem por dentro; nós nos conhecemos por dentro e os outros nos conhecem por fora. Mentimos reciprocamente. Aliás, vivemos mentido, todos vivemos mentido. E o pior de tudo, conscientemente vivemos mentindo a nós mesmos, o inconsciente é que nos manda sintomas e sinais para nos desmentir. Enfim, felicidade é uma bem-aventurança que nos foi colocada diante do nariz, mas a exemplo do burrinho que corre atrás da cenoura que lhe foi amarrada diante do focinho, nós corremos atrás dos ventos do inalcançável, quando a felicidade é o mais barato e fácil dos bens, basta dizer a si mesmo: sou feliz. Nem o Papa lhe poderá desmentir. Ah, mas é bom nunca esquecer das graças de que gozamos sem nos dar conta. Costumam ser as melhores.
LEIA A COLUNA COMPLETA NA VERSÃO DIGITAL DO JORNAL O CORREIO DO POVO