Claro que não são só eles, nós os mais velhos também estamos nesse barco, o barco da desorientação. Antes de abrir a janela da nossa conversa, ouça esta manchete do jornal americano The New York Times: – “Jovens adultos de hoje não são tão felizes quanto costumavam ser”. Jovens e infelizes? Mas a pergunta é: – Como não? Os jovens do passado tinham uma estrada bem definida diante da vida a partir da adolescência: um namoro, terminar o curso ginasial, fazer (se fosse o caso, uma faculdade), iniciar uma carreira no trabalho e casar… Mais ou menos isso. A pessoa precisava se realizar para ela mesma… Já nos dias de hoje isso é pouco. Hoje é preciso “ser” também para os outros, ser conhecido, competitivo, notado, aplaudido, ter incontáveis “seguidores”, ser um idiota, enfim. Vem dessa realidade o desnorteamento dos jovens de hoje. No passado o roteiro era bem definido, hoje é interminável, é uma nova bobagem atrás da outra… A reportagem do jornal americano fala de pesquisas feitas pela revista Nature Mental Health apurando que os jovens adultos de hoje vivem, de modo incomum, crises de inseguranças emocionais, financeiras, de vida social, vivências afetivas, solidão, politização em tudo, e por aí… Nada comparado ao tipo de vida que os jovens “antigos” viviam, uma vida de muito mais paz. Fazer o quê? Uma revolução. Uma revolução pessoal ou social, mas que precisamos “dessa” revolução, ah, precisamos. Diante dessa verdade, verdade que de há muito trato por aqui, fica difícil esperar dias melhores para as crianças, adolescentes e jovens adultos. Muito difícil, a começar pela “ausência” dos pais, pais vivos. Hoje, por maioria, os pais são levianos, muito “ocupados” e terceirizam ou nem isso a educação indispensável moral dos filhos. Pais que pensam que um colégio pago é a solução. A pluralidade do mundo de hoje acabou com a vida outrora um tanto “isolada” das vivências jovens. Hoje é tudo coletivo, postado, exibido, mentido, um elástico sem fim de tolices e inutilidades. Diante desse mundo, como não aceitar as tonturas dos jovens adultos de hoje? A saída é uma saudável personalização de cada um, traçar um rumo pessoal, não olhar para os lados e crescer para ser. Ser invejado pela singularidade. O mais é “linha de montagem”, loucura, desnorteamento.
SAÚDE
– Ai, Prates de novo? Sim, de novo, ou outra vez. Anote aí: – “Onde a harmonia se faz presente a doença não encontra lugar”. Nossas desarmonias mentais, conscientes ou não por nós, é que nos atraem as doenças, todas as doenças. E os remédios, por melhores que sejam, não curam se não houver também em nossa cabeça o elixir dos bons pensamentos, dos credos saudáveis, da fé, da paz, enfim.
GENTINHA
Uma jovem mulher foi debochada por “brasileiros-gentinha”… Ela participava do programa de televisão “Show do Milhão” quando foi perguntada sobre qual time do futebol brasileiro tem uma baleia como símbolo. É o Santos, mas a mulher não sabia. E ela foi até ofendida por telespectadores por não saber. Tem cabimento? Eu gostaria de ver um teste de História do Brasil com esses imbecis que ofenderam a mulher. Aposto todos os dedos que esses “gozadores” caem de quatro e ficam pastando. Aposto. Maioria, bah!
FALTA DIZER
As pessoas não se dão conta, mas a maioria que freqüenta igrejas o faz por duas razões: ou vão em busca de uma sensação de pertencimento social ou para encontrar “alguém” e juntar-se. Essa foi uma das inferências de estudos feitos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A verdade não é simpática.