Do que era possível e se faltava alguma coisa, agora não falta mais. Na segunda-feira (24) à noite, o Ministro das Comunicações Fábio Faria fez uma denúncia grave em relação ao pleito eleitoral de 2022:
– Emissoras de rádio do Nordeste teriam veiculado 154 mil inserções a mais na propaganda eleitoral de Lula no período de 7 a 21 de outubro.
Trata-se de fraude eleitoral e manipulação que não se faz sozinho. Se comprovadas as denúncias, o caso envolve várias mãos e deixará várias digitais no crime eleitoral.
Começa-se a entender, a diferença de votos na região. Segundo Fábio Faria, o maior volume de inserções teria sido na Bahia.
ILAÇÕES
Caso os fatos sejam verificados, o ato criminoso pode muito bem ter ocorrido desde o primeiro turno, o que desmonta a paridade eleitoral. Não houve igualdade!
Daí surgem perguntas sem explicações:
– Quem manipulou os dados?
– Agiu sozinho ou sob a tutela de alguém? Quem mandou?
– Como os dados foram inseridos com o propósito de beneficiar um candidato?
– Quantas emissoras de rádio foram envolvidas?
– As emissoras caíram num “conto do vigário” ou agiram em conluio?
Quando todos apenas desconfiam das urnas eletrônicas, o episódio requer outros olhares para mais pontos de vulnerabilidade.
SEM EFEITO
Na prática, mesmo que toda fraude reste provada, a correção será inócua. Não haverá tempo hábil para a devida compensação. A quantidade de inserções pendentes não poderá ser executada porque inviabilizaria a programação das emissoras. Chegariam a dias de programas eleitorais ininterruptos. Diante do quadro, ainda restam mais perguntas:
– O que fará o Presidente do TSE, Ministro Alexandre de Moraes?
– Quem garante que isso não tenha ocorrido em outras eleições?
Estamos diante de um Brasil de total insegurança.
MOVIMENTOS POLÍTICOS
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina já se movimenta em termos de composições na Casa.
– Escolha de Presidente
– Escolha de membros e presidentes de comissões importantes
– Escolha de liderança do governo
Há um detalhe importante nisso tudo:
– Todas as negociações consideram Jorginho Melo (PL) como o governador eleito no próximo domingo. Ninguém acredita em cenário diferente e com base nas últimas pesquisas que dão ao liberal, algo em torno de 69% da preferência do eleitorado catarinense. Décio Lima do PT teria estacionado no que chamam de “teto máximo”: 31%.
FISIOLÓGICOS, COMO SEMPRE
O MDB de Santa Catarina, também se movimenta em direção ao possível governo de Jorginho Melo (PL): querem cargos! Jorginho tem um “débito” para com os emedebistas: sua eleição ao Senado em 2018. Não fossem os votos do partido, a situação seria outra. Lembrando que Ivete da Silveira é sua suplente e está no cargo no Senado brasileiro, ou seja, o MDB que se apequenou na eleição de Santa Catarina (Brasil afora foi a mesma coisa), ainda manterá uma cadeira no Senado. Mas é de se pensar, o quanto Jorginho considerará o apoio de 2018. Em política, o termo gratidão não é de muito uso ou utilidade.