Quantos de nós, neste momento, estamos olhando para trás e suspirando: – Ô, meu Deus, eu era feliz e não sabia? Alguns ásperos observadores da vida costumam dizer que não há um ser humano que não suspire essa frase vez por outra ao longo da vida. E por que era feliz e não sabia? Porque vivemos misturando as coisas, costumeiramente não temos consciência dos bons momentos por que passamos. Mais das vezes estamos pensando no futuro, um futuro meramente imaginado, afinal, quem não sabe que não existe futuro? Este momento de agora é o futuro de ontem, quer dizer, só temos o presente-contínuo para viver. E se a vida nos está dando um limão, esse limão está pedindo para se tornar uma limonada. Só depende de nós. E falando bem baixinho, quem de nós não tem alguns “limões” nos bolsos da vida? Estava, há pouco, relendo passagens que previamente havia sublinhado ao ler o livro “Amor pelas coisas imperfeitas”, do monge coreano Haemin Sunim, e dei de cara com esta frase comezinha: – “O verdadeiro vencedor é aquele que está feliz com a vida que tem”. Ele estava falando dos tantos e tantos que vivem uma inferioridade imaginária ao se meter em redes sociais e convívios tóxicos, pessoas que muitas vezes vivem felizes, ou tem tudo para viverem felizes e não sabem disso. Que tristeza é a pessoa estar a viver um momento de agruras, dores, sofrimentos penosos e se dar conta de que foi feliz e não notara. O grande embate da vida é ter essa consciência, essa do precisarmos de muito pouco para ser felizes… Uma casa melhor, um carro melhor, um emprego melhor, um casamento melhor, uma cidade mais interessante para viver, um lista imensa de idéias com que sonhamos para viver melhor ou sermos felizes…Tudo pode ser, tudo pode não ser, depende da cabeça da pessoa. – Ah, e o mais comum: a pessoa olhar-se no espelho e maldizer-se… Podia ser mais bonita, podia ter menos manchas, menos rugas, outra cor de pele, podia ter mais altura, ser mais magro… Uma lista de inquietações puramente imaginárias. Os problemas não estão, nunca estiveram, nessas observações. Elas estão na cabeça da pessoa e com ela vão ficar até o dia em que acordarem e suspirarem: eu era feliz e não sabia!
VERDADE
Sem ranços, sem vieses religiosos, sem discussões, apenas uma observação, insisto, sem ranços… Não tem cabimento o tempo que a imprensa brasileira está “dispondo” para tratar de questões a envolver no novo Papa. O Brasil é um país constitucionalmente laico, sem religião oficial, então, por que esse abuso midiático? E se esse tempo todo fosse aberto para discutirmos a saúde e o ensino público? A hipocrisia liquida pessoas e povos…
RELIGIOSOS
Há muito anos escrevi numa coluna no Diário Catarinense sobre uma pesquisa que fiz com amigos e conhecidos. Parei a pesquisa ao perguntar para o décimo primeiro pesquisado: – “Costumas ir à missa aos domingos”? Nenhum respondeu que sim. Será que a coisa mudou? Mudou coisa nenhuma, a estupenda maioria dos “religiosos” é da boca para fora, quer enganar o “santo”, ou tirar dinheiro dos otários. A verdade é um remédio muito amargo…
FALTA DIZER
Todos queremos o “céu”, seja esse céu do tipo que for. Muito fácil ganhar o céu. Basta nos lembrarmos da história do bom Samaritano e a adotá-la. Fazer o bem sem olhar para quem. Pronto, a porta estará aberta para vivermos o céu, o céu mais garantido: o da terra…