Hoje celebramos o Dia Internacional da Mulher, uma data que transcende flores e homenagens simbólicas. É um momento para refletir sobre o papel fundamental que a mulher desempenha na construção da sociedade, da cultura, da economia e da família. Mulher não se define. Mulher é… Se necessário fosse defini-la, não caberia em um espaço editorial. Quem sabe uma pequena amostra: ela é pilar, é força, é resistência. Ela é mãe, filha, irmã, profissional, artista, líder.
É, acima de tudo, protagonista de sua própria história, ainda que muitas vezes precise lutar para que sua voz seja ouvida. A história da humanidade é marcada por conquistas femininas que transformaram o mundo. De Marie Curie, pioneira na ciência, a Malala Yousafzai, defensora da educação, passando por tantas outras que desafiaram normas e romperam barreiras, as mulheres provaram, repetidas vezes, que não há limites para sua capacidade. No entanto, apesar dos avanços, a sociedade patriarcal ainda insiste em relegá-las a um papel secundário, subestimando seu potencial e ignorando suas demandas.
A violência contra a mulher, a desigualdade salarial, a sobrecarga de trabalho doméstico e a sub-representação em espaços de poder são realidades que persistem. No Brasil, por exemplo, mulheres ganham, em média, 20% a menos que os homens para desempenhar as mesmas funções. No mundo político, ocupam apenas 15% das cadeiras no Congresso Nacional. E, todos os dias, milhares são vítimas de violência doméstica, assédio e feminicídio.
Esses números não são apenas estatísticas, mas, reflexos de uma estrutura social que ainda precisa evoluir. Mas a luta das mulheres não se resume a denunciar injustiças. É também uma celebração de conquistas e um chamado para a transformação. A cada dia, mais mulheres ocupam espaços antes dominados por homens, redefinindo padrões e inspirando futuras gerações.
A cada dia, mais homens se unem a essa causa, entendendo que a igualdade de gênero não é uma pauta feminina, mas humana. A cada dia, a sociedade dá um passo adiante, ainda que pequeno, em direção a um futuro mais justo. Então, neste 8 de março, mais do que homenagens, as mulheres merecem ações concretas. Merecem políticas públicas que garantam sua segurança, oportunidades iguais no mercado de trabalho e representatividade em todos os espaços. Merecem o fim da cultura do assédio e do machismo estrutural. Merecem ser vistas, ouvidas e valorizadas em sua plenitude.
Que este dia nos lembre de que a luta pela igualdade não é uma batalha isolada, mas um compromisso coletivo. Que nos inspire a construir um mundo onde todas as mulheres possam viver com dignidade, liberdade e respeito. Uma sociedade que cuida e valoriza suas mulheres é uma sociedade que avança. E o futuro que queremos só será possível quando todas as vozes forem ouvidas, quando todas as histórias forem contadas, quando todas as mulheres forem, finalmente, livres.