“Ah, se eu tivesse dinheiro, passaria um mês no Havaí surfando, tomando chimarrão à beira do mar, ah, se eu tivesse dinheiro”! Por que esse sonho? Ora, porque a pessoa não tem dinheiro, o dinheiro de que precisa para fazer essa viagem. E será que um sujeito, ela ou ele, cheio de dinheiro tem esse mesmo sonho? Se o tiver será por uma vez ou outra. Ninguém passa o tempo todo da vida viajando para lá e para cá como uma mosca tonta. Isso é fuga da vida e não vida. Uma saidinha faz parte do jogo recreativo da vida, todavia, conheço pessoas que não têm onde cair mortas, mas… Vivem viajando e passando a maior parte do tempo pagando prestações e se privando de outros e mais inteligentes confortos. Não fosse assim, a sociedade seria equilibrada, poucos viveriam soluçando encrencas e não dormindo à noite tantas são as contas a pagar. Aquela vida comunitária que nos dá alento, estendo a mão para uns, recebo mãos estendidas de outros, minimalismo consumista, um trabalho, uma missão entusiástica ao longo da vida, isso sim é “lazer”, o lazer natural das pessoas simples, mas argutas mentalmente. Faz poucos minutos, vi uma jovem mulher, corpo bem desenhado (coitada, sei bem dos esforços dela…), sorrindo de modo falso e dançando daquelas danças de outrora, das chamadas moças de “rendevu”… Por que aquela dança boba? Exatamente por isso, vida vazia, então, é preciso buscar aplausos de pessoas por igual. E o que dizer dos que botam crianças para dançar, fazer piadinhas nas redes sociais? O que buscam os pais? Buscam “fama” de ser pais de crianças “espertas”… Ah, por favor, dêem um passadinha numa livraria. Nossas fugas nos revelam e no caso das viagens a fuga se alicerça por razões subconscientes: ao viajar fujo das inquietações familiares, profissionais ou de mim mesmo, só que… O que sou e vivo estão dentro de mim. Não fosse assim, não existiria a psicanalítica, a psicologia que nos puxa as máscaras dos disfarces. Quem é feliz não precisa sair de casa, e se sair já sai pensando na volta. Para a maioria, infelizmente, ser feliz é uma grave infelicidade puramente pessoal. Melhor é fazer as malas e viajar, todavia, não apreciando a paisagem, mas roendo as unhas do retorno… Pobres moscas tontas!
INIMIGOS
Do mesmo modo como nossos piores inimigos estão dentro de nós, há perigosos inimigos do Brasil soltos e “planejando”. Se as “verdadeiras” autoridades não os pegar e fazê-los pagar duramente pelo que planejaram e estão planejando, a nossa conta vai fechar num negativo histórico para o mundo testemunhar. Não é alarmismo, é realidade. Lei rígida, incondicional e de no mínimo 40 anos de cárcere a esses atrevidos… Eles estão por perto, não duvide.
PAIS
A estupenda maioria dos pais terceiriza a educação, tudo fica por conta dos professores. Sem essa, irresponsáveis. Acabo de ler num jornal de São Paulo esta manchete: – “Escolas devem desenvolver habilidades socioemocionais de alunos”. Negativo, a escola deve “complementar”; o período de molde dos valores humanos é de responsabilidade da família. Ah, entendo, famílias ocupadas, e por que não são ocupadas para fazer filhos? Responsabilidade faz bem pra tosse…
FALTA DIZER
No livro “Ikigai – o segredo japonês para uma vida longa e feliz” é ensinado a não enchermos o estômago além de 80% de sua capacidade. Fazer isso regularmente, encher o estômago costumeiramente encurta a vida. E acrescento: selecionar a comida, pegar o que vier pela frente, bah, é danação mortal.