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Monotonias da vida – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

22/10/2025 - 06:10

A vida é uma monotonia, e como toda monotonia ela é circular. A vida também pode ser uma roda gigante, ninguém escapa do subir e descer. Mas uma coisa é certa, o subir e descer, o circular no ir e vir dependem da pessoa, dependem dos seus olhos espirituais sobre a vida. O ir e vir, o subir e descer contínuos da vida não são sofrimentos, são oportunidades de nos renovarmos ao longo do tempo. Nenhum livro de 800 páginas chega perto da minha caixa de sapatos cheia de frases. Duvido. Essa caixa é minha companheira de longo tempo, cada vez mais cheia, robusta, “bonita”. Ontem, tirei da minha caixa de preciosidades esta frase: – “Casamento é como um submarino: pode até boiar, mas foi feito para afundar”. Não sei quem pensou essa frase, mas, com certeza, foi um homem frustrado, um “palco caído”. Não fossem os casamentos não haveria humanidade, não haveria vida sobre a Terra, e dizer que casamento é para afundar é filosofia de cabeça leviana. – “Ah, Prates, mas quem fez a frase estava brincando, tu não tens humor”? Tenho, mas também sei de outra frase indiscutível: – “Brincando se diz verdades”! As verdades de cada um… Estou neste assunto, leitora, leitor, porque a maioria dos tipos que hoje andam por aí casam já pensando num viável divórcio. Casam apressados, de modo leviano, irresponsável, olhos e ouvidos fechados e um tempinho depois já estão dando no pé, divórcio… As escolhas foram feitas meramente pelos corpos físicos. Quando estamos determinados ao sucesso não olhamos para os lados, vamos lá e fazemos, como diz a frase milenar: “Não sabia que era impossível, foi lá e fez”. Muitos se queixam de monotonia no casamento, não se dão conta de que também se queixam da monotonia no trabalho, da monotonia de suas próprias caras diante espelho. Só quem nos pode mudar a vida somos nós mesmos, ninguém mais. “Ah, mas se eu casar com ela vou ser feliz, isso não depende de mim, depende dela querer casar comigo”! Muitos já pensaram assim, casaram com “ela” e mesmo assim logo adiante já estavam bocejando… Quando quebramos a monotonia nos renovando na vida, tudo muda, sem que tenha mudado. Nós mudamos. E para terminar, outra frase: – “As coisas não são o que são, são o que fazemos delas”.

NOVIDADE

Novidade? Nada, velha repetição, isso sim. A temporada de verão e férias está chegando e sempre que ela chega alguém me manda mensagens. Uma amiga me ligou esta semana, eufórica. Contou-me que o comentário que um dia fiz no Jornal do Almoço, da RBS-TV, chegou à casa dos 90 milhões de visualizações. E do que tratava o comentário? Das visitas que muitas vezes pessoas recebem sem querer recebê-las, pessoas chatas, oportunistas e abusadas.

VISITAS

Já que falei de visitas, vou reafirmar meus propósitos: quem fizer visita, dessas visitas de ficar “alguns dias” na casa de alguém, que se adapte aos horários da casa, aos costumes e que coma o que estiver na mesa, sem fungar nem reclamar. Ah, arrumar a cama, deixar o banheiro limpo e se tiver levado crianças junto, bah, disciplina de colégio de militar com elas… Era só o que faltava visitar para dar trabalho…

FALTA DIZER

Ontem ouvi um professor, não era preciso. Ouvi que os alunos, crianças e adolescentes, levam para a sala de aula o seu meio familiar. Levam suas encrencas, sofrimentos e maus exemplos. E levam também, é claro, a felicidade, quando eles a têm em casa. Raríssimos… Nenhuma novidade.

 

 

 

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.