A vida nunca foi tão fácil como hoje. Vale para de tudo um pouco. Comida sobrando, por exemplo, haja vista que o lixo dos brasileiros é o mais farto do planeta, ninguém joga tanta comida fora quanto o pessoal por aqui. Mas vivem se queixando. Como disse, a vida nunca foi tão fácil quanto hoje, desde, é claro, que a pessoa tenha boa consciência sobre ela e suas potencialidades. Digo isso, leitora, e lembro-me de uma velha história, exausta, a coitada, de tão velha. É aquela história do filósofo que ia andando, pensando, sem nada para fazer, quando passou diante de um canteiro de obras. Viu três pedreiros trabalhando. O filósofo parou diante da obra e perguntou ao primeiro pedreiro: – O que estás fazendo? E o suado pedreiro respondeu: – “Estou trazendo tijolos para esta parede”! O filósofo ouviu e perguntou ao segundo pedreiro: – E tu, o que estás fazendo? E o pedreiro respondeu, enxugando o suor da testa: – “Estou preparando o cimento para as paredes”! O filósofo foi adiante e perguntou ao terceiro pedreiro: – E tu, o que estás fazendo? O pedreiro parou e escancarou um baita sorrido: – “Estou construindo uma casa para as pessoas pobres que hoje não têm onde morar”! Que alma, que visão! E os três pedreiros faziam o mesmo trabalho. Nós também estamos num canteiro de obras: o das nossas obras. Mais das vezes nos vemos pequenos, nos vemos como “operários” dos outros, como explorados, como se não fôssemos livres para aceitar ou rejeitar o que nos oferecem. Ora, se somos livres, por que gemer o trabalho, reclamar da mulher, do marido, das circunstâncias, reclamar de tudo, enfim? Porque nos vemos como vítimas indefesas, exploradas pelos outros. A culpa é sempre dele, dela, do chefe, da mãe Joana, quando, na verdade, a culpa é toda nossa, sem invenções. E olhe, o diacho é admitir que até as nossas doenças são “programadas” por nós, isso já está de há muito comprovado. Sem muitas das atividades conhecidas já teríamos sumido do mapa, pessoas que fazem trabalhos que nos viabilizam a vida, sem elas como seria? Ser feliz com o que se tem e com o que fazemos é o caminho da bem-aventurança. Para bem poucos. Os entrevados da mente são maioria…
FERRO
Os minguados de cabeça querem ter dupla nacionalidade. E países minguados e sem gente que preste para representar o povo autorizam esse “escape”, como o Brasil. Há “graúdos” em Brasília com dupla cidadania. Sei bem das razões… O que lhes impossibilita de crescerem aqui mesmo, na terra onde nasceram? Ou será um recurso salva-vidas para uma fuga eventual? Punir esses tipos e quem lhes assegura essa segunda cidadania. Ferro.
SAFADEZAS
Todos os dias fatos parecidos. Vagabundos entram em lojas, supermercados e roubam. Roubam de tudo um “pouco”, na moita, e quando presos dizem que estão desempregados e a família passando fome. E por que os ladrões não saem a procurar trabalho? Roubar dá menos trabalho e é “lucro” garantido, é isso? Ferro nesse tipo de gente, e ferro nos hipócritas que os defendem. No Brasil há de tudo e para todos, é só os vadios trabalhar… Ferro nos vadios larápios.
FALTA DIZER
Crianças e adolescentes andam com o capeta no corpo, fazem o que bem entendem, pintam e bordam e os pais estão deixando essa safra crescer, crescer para severas encrencas. Rédeas bem puxadas, agora, não no impossível amanhã. Debaixo do mesmo teto? Quem deve mandar são os pais. Mandar, fique claro!