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Mídia estatal – Claudio Prisco Paraíso

Por: Claudio Prisco Paraíso

09/08/2025 - 06:08

É impressionante como os veículos de comunicação, no Brasil, em sua esmagadora maioria, são seletivos. O ponto de convergência entre eles tem sido o Judiciário — mais precisamente, o Supremo Tribunal Federal. Ponto de identificação.
Essa é a grande verdade. O STF tem um tratamento quando se trata de personagens ou lideranças de esquerda; e outro, absolutamente distinto, em relação aos de direita.

Bolsonaro, enquanto presidente, era acossado pelo Supremo dia sim, dia também — impedido de agir aqui, obrigado a agir ali.
Pois bem, Lula da Silva caminha para o terceiro ano do seu terceiro mandato e… silêncio.
Nada. Nenhuma cobrança, nenhum limite. Liberdade que mais parece libertinagem.
Chega às raias da proteção escancarada.
Os rigores da lei — e, muitas vezes, muito além da lei — para quem é de direita.
E o relaxamento absoluto para os de esquerda. Liberou geral.

 

Viés

Simples assim.
É assim que a mídia tem se comportado: impulsionada por bilhões e bilhões de reais em verbas públicas — ou melhor: do meu, do seu, do nosso bolso.

Vamos ao exemplo mais recente: nesses dois dias em que parlamentares conservadores ocuparam as mesas diretoras da Câmara e do Senado…

 

Restrição

Particularmente, o articulista é contra esse tipo de conduta.
Obstrução é uma coisa. Está prevista no regimento.
Ocorre com o plenário em funcionamento: com uso do microfone, discursos, mecanismos legítimos para retardar ou dificultar a tramitação e votação de matérias.

 

Escandaloso

Mas, sem entrar no mérito: nesses dois dias em que a direita impediu o funcionamento das Casas Legislativas, a imprensa tratou o episódio como motim.

 

Passando pano

Curiosamente, lá por meados de 2018, quando o PT e os partidos de esquerda fizeram exatamente a mesma coisa — impediram votações, ergueram bandeiras, gritaram “Lula livre” — a narrativa foi outra.
E olhem que, à época, Lula estava preso, cumprindo pena na sede da Polícia Federal em Curitiba, por prática de corrupção e outros delitos.

 

Descondenaram

Aliás, foi condenado não só por Sérgio Moro, mas por unanimidade no TRF-4, que aumentou sua pena.
O despacho foi confirmado por cinco ministros do STJ, e avalizado pelo próprio Supremo Tribunal Federal.

 

Amenizaram

Fechando parênteses.
Naquela ocasião, qual foi o tratamento da mídia?
Obstrução. Apenas isso: “obstrução”.

 

País capenga

Vivemos, de fato, em um país curioso, onde o tratamento dispensado pelo Judiciário — na figura do STF — e pela mídia é dado conforme a tendência ideológica dos protagonistas.
Essa é a grande verdade. Essa é a realidade.

 

País ignorante

E a opinião pública brasileira precisa acordar.
Precisa desenvolver discernimento, sensibilidade para perceber esses “detalhes” — que de pequenos não têm nada.
Trata-se de um comportamento viciado, que visa manter no poder um segmento partidário e ideológico, custe o que custar. Para mudar isso, só com consciência crítica, coragem para denunciar e disposição para reprovar o que precisa ser criticado.
Sem medo. Sem covardia. Sem censura.

 

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