O asfalto foi ocupado pelos brasileiros em um número significativo de cidades neste domingo. Em Santa Catarina, seguramente nas dez maiores.
Não se pode dizer que multidões foram arrastadas, como já ocorreu em mobilizações gigantescas. Mas foram, sim, concentrações e movimentos representativos, indiscutivelmente, passando claramente a sensação de incômodo de setores consideráveis da sociedade brasileira com o estado de coisas que o país vive hoje. Jair Bolsonaro, no entanto, não participou.
Ele, porém, não era o centro das mobilizações. Na verdade, o que o povo brasileiro quis transmitir foi o seu protesto, a sua indignação contra o governo — ou melhor, desgoverno — de Lula e contra o Supremo Tribunal Federal.
O recado teve endereço certo: Davi Alcolumbre, presidente do Senado, e Hugo Motta, presidente da Câmara.
Nome e sobrenome
O brasileiro quer a anistia dos presos do 8 de janeiro, nesse episódio que inventaram como sendo uma tentativa de golpe de Estado. É preciso recolocar o país nos trilhos — urgentemente. Os excessos do Supremo, digamos, personificados na figura de Alexandre de Moraes, estão levando o povo a pedir um basta.
Compromisso
Aliás, foi compromisso de Hugo Motta, ainda como candidato à Presidência da Câmara, para receber o apoio de várias bancadas — a começar pela do PL — encarar essa pauta. A retomada dos trabalhos, depois do recesso do meio do ano, ocorreu nesta segunda-feira na Câmara.
Câmara Alta
No Senado, vários parlamentares — com destaque para o catarinense Esperidião Amin — estão se mobilizando em torno de um novo pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes. A petição já conta com 34 ou 35 assinaturas. O número necessário é 41, maioria da Casa. Faltam, portanto, seis senadores tomarem coragem — e vergonha na cara.
Embalo
A ideia é justamente que, a partir da mobilização deste domingo, os brasileiros pressionem os senadores que ainda não respaldaram a iniciativa. É uma forma de colocar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, contra a parede. Um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes precisa ser colocado em plenário. Essa é a grande verdade.
Ronco do asfalto
Além disso, o fato de o povo ter ido às ruas é um recado claro ao Supremo Tribunal Federal. O STF já se revela dividido, rachado ao meio. No tal jantar oferecido por Lula da Silva, apenas seis dos onze ministros compareceram. E um dos presentes, Luiz Edson Fachin, foi contrariado — compareceu apenas porque será o próximo presidente da Corte, tendo Alexandre como vice, caso este ainda esteja no cargo.
Fora dessa
Naquela carta de apoio redigida pelos ministros após Moraes ser sancionado pelos Estados Unidos, nem mesmo Fachin assinou. Nem Dias Toffoli, que foi quem indicou Moraes para o inquérito do fim do mundo, em março de 2018, quando presidia o STF — e que até hoje não terminou.
Freio de arrumação
Muita gente no Supremo já começa a colocar as barbas de molho.
Quanto a Lula da Silva e seu governo — ou melhor, seu desgoverno —, a pantomima já acabou. Está apenas cumprindo tabela.
Abismo
Não há mais saída para a crise econômica e financeira diante do estouro da boiada, da situação fiscal e da dívida pública. O cenário aponta para desemprego em massa e quebradeira generalizada.
Potencializando
Importante ressaltar: a caótica situação econômica brasileira não tem como causa o tarifaço de Trump. Nada disso. As medidas do governo americano apenas agravam o quadro. A responsabilidade é toda desse desgoverno gastador, que gasta mal e, quando não gasta, mete a mão. Um governo corrupto e ladrão.