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Mentiras e verdades

Por: Luiz Carlos Prates

11/12/2025 - 07:12

Cresci ouvindo dizer que uma mentira muito repetida vira verdade… Claro que uma mentira nunca vai ser uma verdade, ocorre que as “mentiras” que contamos a nós mesmos viram verdades. Quando alguém diz, silenciosamente: – Ah, não tenho jeito, nunca tive boa saúde, nunca consegui encontrar amigos leais, nunca consegui ganhar dinheiro, nunca consegui fazer poupança, sou feio, nada do que faço dá certo… Frases ditas “silenciosamente” a nós mesmos, mas… Que são ressonantes na nossa corrente sanguínea, frases que são “verdadeiras” a partir das mentiras que repetimos a nós mesmos. Muitas pessoas nascem com doenças tidas como incapacitantes, mesmo assim superam incapacidades físicas insuperáveis num primeiro momento. O que quero deixar claro é que as mentiras que contamos a nós mesmos são-nos incapacitantes. O câncer, para muitas pessoas, é doença irreversível, mortal. Não é. Agora, dependendo do modo de pensar da pessoa, qualquer doença lhe poderá ser fatal, irreversível. A velha história do “tudo é possível ao que crê”. Vivemos mentindo a nós mesmos, e essas mentiras se tornam verdades, tudo vai depender do tipo de mentira. Diariamente, leio sobre o cotidiano de conhecidas e famosas “influenciadoras”. Num primeiro momento, famosas, bonitas, milhares de seguidores, mas… Todas têm uma inquietação familiar, pessoal, uma doença brava, coisas assim. Ué, tanto sucesso e esses problemas? Sim, essas pessoas vivem mentindo para os outros e não se respeitam por dentro. Com elas mesmas, falam suas “verdades”, nesses casos as verdades mentirosas. Tudo provado, quando uma pessoa gravemente enferma começa a dizer a ela mesma que vai dar certo, que vai se curar, que ela tem muito tempo de vida pela frente, muita coisa para realizar… Esse tipo de pensamento repetido e repetido vai virando uma verdade curativa, mas… Se houver dúvida sobre a cura, sobre o tratamento, pode desistir. Não fossem nossos pensamentos de dúvidas, de insegurança, de medos todos viveríamos até cansar, e morreríamos de velhos… O negativismo, o não posso, o não mereço, o não tenho jeito, o não tenho sorte, todas as negações, nos levam aos fracassos, estamos mentindo a nós mesmos. Mas quando começo a “mentir” a mim mesmo: posso isso, posso aquilo, posso tudo… Posso e vai dar certo, eu me menti para o positivo. E aí a “mentira” virá verdade.

PRESENTES

O Natal vem aí, para alguns, tanto faz quanto tanto fez, afinal, o dinheiro sobra no bolso, mas… E a maioria? Insisto no que já disse aqui, presente não se pede, se ganha. Famílias pobres não podem “atender” a muitos pedidos que são feitos pelos filhos, filhos mal-educados. Os bem-educados, questão de ordem moral e não financeira, não pedem, esperam. E sem essa de os “filhinhos” pedirem presentes “eletrônicos” caros. Sem essa. Era só o que faltava…

DIFERENÇAS

Muitos pais desatentos (desatentos para isso…) dão presentes de valores bem diferentes para filhos e filhas. Mais das vezes, o presente do guri é bem mais caro que o da guria, “guria mulher”… Chega de discriminações, veladas ou descaradas. Muitos adultos se fazem de tontos para fazer o que querem, agradar a quem mais lhe é simpático. Que não fiquemos sabendo que um pai, das nossas relações, fez isso. Que não saibamos! Safados!

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FALTA DIZER

E se… Vamos imaginar uma pessoa nossa amiga chegando até nós na noite de Natal e nos dando uma boa desculpa para não nos ter trazido um presente, mas ela diz que trouxe o melhor que ela podia dar: um beijo e um abraço bem quentes, amorosos. Serviria? Como seria a reação dos assim “presenteados”?

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.