Uma das reclamações mais frequentes dos empresários brasileiros é a burocracia em torno do projeto de empreender. Algumas medidas já vêm sendo tomadas pelos governos federal e pelo estadual para aperfeiçoar os processos e melhorar a dinâmica que envolve a gestão de uma empresa. Paralelamente a isso, o Sebrae-SC está implantando em todas as regiões, em parceria com os municípios como Jaraguá do Sul, o projeto Sala do Empreendedor. O espaço tem como objetivo reunir em um único local informações sobre abertura de empresas, emissão do certificado de condição do Microemprendedor Individual (MEI), emissão do boleto que contempla os tributos do MEI, emissão do alvará de localização, entre outros serviços.
De acordo com o gestor de Políticas Públicas do Sebrae-SC, Diego Wander Demétrio, a Sala do Empreendedor diminui a burocracia e integra os serviços, já que o empresário consegue tirar todas dúvidas sobre o seu negócio em um único local. “A gestão pública municipal deve perceber e entender a Sala do Empreendedor como uma oportunidade de fomentar o desenvolvimento econômico local. Para criar esse espaço, não é preciso gerar novos serviços públicos, mas sistematizar os já existentes”, explica Demétrio. Atualmente, existem 30 Salas do Empreendedor em funcionamento no estado.
Estimativas melhoram
Os economistas das instituições financeiras baixaram a expectativa de inflação para 2016 e para 2017, ao mesmo tempo em que também previram uma contração menor do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A estimativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano recuou de 7,34% para 7,25%. Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação passou de 5,12% para 5,07%.
Para o PIB de 2016, a previsão do mercado financeiro passou de um encolhimento de 3,15%, na semana retrasada, para um “tombo” menor, de 3,14% na última semana. Para 2017, porém, os economistas das instituições financeiras baixaram sua previsão de uma alta de 1,36% para um crescimento menor, de 1,30%, informou o BC.
Câmbio
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2016 caiu de R$ 3,30 para R$ 3,29. Para o fechamento de 2017, a previsão dos economistas para o dólar ficou estável em R$ 3,45.
Meio ambiente
Falta menos de um mês para o encerramento das inscrições da 9ª edição do Prêmio Fatma de Jornalismo Ambiental, que vai premiar quatro categorias: mídia impressa, mídia eletrônica, internet e fotojornalismo. A premiação total será de R$ 50 mil, sendo R$ 7 mil para o primeiro lugar estadual por categoria e R$ 3 mil para o segundo lugar estadual por categoria. Informações pelo site www.fatma.sc.gov.br.
Socioambiental
Está aberta a votação do Planeta.Doc. Estudantes, o concurso de filmes socioambientais produzidos por alunos de Santa Catarina. São obras com foco na importância do entorno natural e atitudes que contribuam para a preservação do meio ambiente. Para votar acesse http://planetanaescola.com/selecionados-2016/. A votação permanecerá aberta até o início do Festival Planeta.Doc, no dia 21 de outubro, em Florianópolis.
Reabilitação profissional
Uma ação pioneira da Federação das Indústrias (Fiesc) com o INSS para reabilitação profissional de trabalhadores afastados começará pelo setor de alimentos. O termo de cooperação foi assinado na sexta-feira (23) pelo presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, e o presidente do INSS, Leonardo de Melo Gadelha. Para Côrte, será uma oportunidade para atuação conjunta em favor da saúde e da segurança do trabalhador.
Gadelha ressaltou o aspecto social da iniciativa ao afirmar que “pessoas reabilitadas para o mercado de trabalho são reinseridas na sociedade, voltam a produzir e gerar riquezas e se completam como cidadãos”. Ele também destacou a economia que pode ser gerada. “Além disso, o INSS deixa de ter um gasto adicional. É um sistema que, se conseguirmos fortalecer, traz ganhos para todos.”
Produtos ecológicos
A empresa Sustinere Industrial, sediada no Núcleo de Inovação e Pesquisas Tecnológicas – JaraguaTec, iniciou suas atividades desenvolvendo produtos à base de fibra da bananeira, material ecológico que vem ganhando destaque no mercado, principalmente nos arranjos florais, vasos e objetos de decoração. As empreendedoras proprietárias da marca, Carmen Hreczuck e Jackeline Elisandra Rode começaram a partir da criação de uma marca específica para os produtos, inicialmente chamada com o nome de fantasia Nanica Chick, destinada a confeccionar biojoias com componentes banhados em ouro misturados com as fibras de bananeira, dando ao produto um diferencial de caráter ecológico e sustentável, ideia que foi contemplada pelo programa Sinapse da Inovação, através de recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina – Fapesc, e operacionalizada pela fundação Certi, da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.
A partir dessa iniciativa, a empresa passou a produzir para o mercado bolsas e chinelos confeccionados a partir da fibra de bananeira. O contato com o material começou quando as empreendedoras cursavam modelagem e, por meio de uma palestra, foi apresentada a fibra como uma alternativa para fabricação de artigos de moda. Tal material é uma nova opção para o mercado, no sentido em que este poderá substituir muitas matérias primas tóxicas ou pelo menos para ser usada como parte desses produtos, de modo a deixar menos resíduos poluentes no meio ambiente. Seguindo os passos da inovação tecnológica, a empresa também está desenvolvendo uma placa atenuadora de som feita a partir da fibra de bananeira, cujo projeto foi um dos contemplados na terceira edição do programa de Startups InovAtiva Brasil, destinado a oferecer mentorias e networking através do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O projeto da placa é desenvolvido com a proposta de evitar a propagação de gases tóxicos em caso de incêndios, e será um produto direcionado para a construção civil, para revestimentos, lajes ou pisos. Tal projeto encontra-se protegido por um habitat de tecnologia e inovação, que propicia um ambiente fértil para o desenvolvimento de novas ideias, destinado a fortalecer a cultura empreendedora da comunidade, assim como formação de uma mão de obra especializada para atender os requisitos de um desenvolvimento econômico e sustentável.