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“Menopausa: Como a alimentação pode ajudar a reduzir os sintomas?”

Foto Istock/Getty Images

Por: Caroline Pappiani

06/08/2020 - 15:08 - Atualizada em: 06/08/2020 - 15:11

Quando o assunto é menopausa sempre surgem inúmeros questionamentos. O que fazer para minimizar os sintomas? Reposição hormonal é sempre indicada? Existe algum risco aumentado para algumas doenças? O que deve ser alterado na alimentação?

Algumas dessas questões, infelizmente, não podem ser respondidas por mim. No entanto, vou citar algumas alterações e relacionar com a influência de alguns alimentos e/ou nutrientes.

A principal alteração biológica da menopausa é a interrupção da ovulação. Como consequência, os ovários tornam-se inativos diminuindo a liberação de alguns hormônios importantes, entre eles o estrogênio. Além disso, devido às respostas e adaptações no organismo da mulher, a menopausa leva a uma perda de massa óssea e um aumento da gordura corporal.

Bom, citei três importantes características: a redução do estrogênio, a perda de massa óssea e o aumento da gordura corporal. O desequilíbrio hormonal pode levar a alterações da pele, unha e cabelo, irritabilidade, alterações do sono, perda da libido e sensações de calor. A perda de massa óssea pode ter como consequência grave a osteoporose e o aumento da gordura corporal pode ocasionar aumento do peso e doenças cardiovasculares.

Como a nutrição pode ajudar?

Vou citar alguns compostos e nutrientes, suas fontes alimentares e funções específicas que auxiliam nesses questionamentos.

  • Cálcio: nutriente essencial em todos os ciclos da vida, e na menopausa não poderia ser diferente. O consumo de cálcio é uma importante estratégia de prevenção à osteoporose. Ele pode ser encontrado em alimentos como leite e derivados (iogurte, queijo), folhosos verde-escuros (couve, espinafre, rúcula, agrião, mostarda, brócolis), grão de bico e tofu.
  • Vitamina D: regula a homeostase do cálcio e a mineralização óssea (para que sua função seja ativada é necessária exposição solar diariamente). Como fontes alimentares podemos citar o ovo, leite, atum, sardinha, bife de fígado, entre outros alimentos.
  • Isoflavonas: essas substâncias têm uma estrutura química semelhante ao hormônio feminino e pode ser encontrada, principalmente, na soja e seus derivados.
  • Antioxidantes: minimizam a ação dos radicais livres (reduz o envelhecimento celular). Existem inúmeros antioxidantes, entre eles a vitamina C (encontrada nas frutas cítricas), vitamina E (amêndoas, couve, amendoim, abacate), vitamina A (alimentos vermelhos/alaranjados como cenoura, manga, mamão, tomate, abóbora, pimentão), o zinco (peixes, frutos do mar e leguminosas) e selênio (castanha do Brasil, aveia e alimentos integrais).
  • Ômega-9: auxilia no aumento do “colesterol bom” (HDL-c) e pode ser considerado um importante antioxidante. Fontes alimentares: azeite de oliva extra virgem, abacate, castanha de caju e outras oleaginosas.
  • Ômega-3: reduz as concentrações de triacilglicerois, reduz a pressão arterial e auxilia na prevenção das doenças cardiovasculares. Pode ser encontrado na linhaça triturada, peixes marinhos (salmão, pescada, sardinha, atum), algas marinhas e em cápsulas (suplementação).

Além dessas recomendações, é essencial a prática de exercícios físicos, a ingestão regular de água, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo.

Lembrando que todas essas dicas são orientações em geral, por isso não coloquei quantidades específicas. Caso o seu objetivo seja uma orientação individualizada, procure um profissional especializado.

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Caroline Pappiani

Graduada em Nutrição pela Universidade Regional de Blumenau. Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo. Possui doutorado sanduíche na Universidade de Umeå, na Suécia. Atua como professora da Faculdade Metropolitana de Blumenau e nutricionista na Sportmed.