E Jaraguá do Sul, uma família de imigrantes alemães mantém viva a tradição de seus antepassados, transmitindo, de geração em geração, receitas que carregam o sabor de uma terra distante e as histórias de um povo que cruzou o oceano em busca de uma nova vida. Em uma casa onde o idioma alemão ainda ressoa nas conversas do dia a dia, a cozinha é um espaço de preparo de refeições, mas também, um santuário de memória e identidade.
Iguarias tradicionais como marreco recheado, o doce de melado, o pão caseiro, o bolo coberto com farofa doce, a cuca, entre outras, são delícias preservadas e imortalizadas em caderno manuscrito de receita em idioma alemão. Cada delícia dessa é, em essência, uma celebração da cultura alemã, um elo que une o presente ao passado e seguirá para o futuro. Esse cuidado em preservar as receitas é também um ato de resistência cultural. Em um mundo onde a globalização frequentemente dilui as particularidades de cada povo, manter viva a culinária tradicional é uma forma de reafirmar a identidade, de dizer: “Nós somos parte de algo maior, algo que começou muito antes de nós e que deve continuar”.
Para essa família, a cozinha é o coração da casa, onde a felicidade se traduz em cada prato, em cada refeição compartilhada. Ao passar essas receitas adiante, essa família está ensinando a fazer comida e, ao mesmo tempo, transmitindo valores, costumes, e um profundo respeito pelas raízes que os sustentam. Nesse rico ritual culinário, está a certeza de que, mesmo em um novo mundo, a alma alemã permanece viva.
E, ao transmitir essas receitas para as próximas gerações, a família assegura que as memórias, os sabores e as histórias de seus antepassados continuem a ser celebrados, mantendo a identidade e o legado que atravessaram mares junto com seus imigrantes. Confira essa história em nossa matéria da página 8 desta edição OCP.