Por mais que haja esforços de compreensão, a missão não é das mais fáceis. O momento dita comportamentos antifigúricos, inexcrutáveis para os que não possuem a capacidade de uma leitura mais acurada do que está sendo vivido. Existem situações imagináveis e inimagináveis, praticamente inconcebíveis. Vamos decifrar algumas situações para a ponderação dos interessados.
MOMENTO 1
O Estado de Santa Catarina atravessou mares revoltos em termos administrativos:
a) Erros crassos durante a pandemia de Coronavírus com fechamentos de bares, lanchonetes, restaurantes, lojas e isso ocorreu por longos períodos, sem comprovação de eficácia e por uma série de “senões” que não precisamos esmiuçar.
b) Como resultado e o principal deles, o desemprego bateu na porta dos catarinenses e centenas de estabelecimentos foram fechados para sempre, o que gerou revolta que permanece até os dias atuais.
c) A Assembleia Legislativa de Santa Catarina protagonizou dois pedidos de impeachment do Governador Carlos Moisés, gerando um desgaste de proporções imensuráveis.
d) Por manobras de promessas e às custas de muito dinheiro do contribuinte, o Governador conseguiu cooptar deputados e se livrou dos impedimentos. A falta de compromisso com o eleitor catarinense por parte de tais parlamentares, em todos os cantos do Estado, ficou claro como o dia.
MOMENTO 2
Qualquer partido político estruturado (MDB possuía a condição) falaria em protagonismo eleitoral e até falou, mas:
e) Sucumbiu aos negócios palacianos e aos poucos foi aceitando a condição de simples coadjuvante.
f) Imiscui-se em tratativas nada republicanas, algumas inconfessáveis e deixou prevalecer o fisiologismo dos seus parlamentares e que estavam muito mais preocupados em manter os empregos dos seus cabos eleitorais.
g) Sentiu e muito, a falta de um líder com a capacidade de Luiz Henrique da Silveira: articulado, visionário e com capacidade de enxergar anos à frente. Mais ainda o momento de fragilidade vivido pelo chefe do Executivo Estadual.
h) Ajoelhou-se e quase implorou para ser mero expectador. Para piorar, as conversas e tramas de bastidores visaram o ex-prefeito de Joinville como postulante ao cargo de vice-governador (por ser o maior colégio eleitoral do Estado), mas se esqueceram da avaliação dos joinvillenses, os mesmos que viram Udo Döhler sair pela porta dos fundos como administrador.
MOMENTO 3
Dito isso, o cenário virou de cabeça para baixo. O pragmatismo emedebista foi enterrado junto com LHS (que deve se revirar no túmulo com os acontecimentos). Senão, vejamos:
– Ivete Silveira (MDB) assumiu uma cadeira no Senado, uma jogada de Jorginho Melo (PL), de quem ela era suplente. Pede voto para Jorginho e não para Moisés, o candidato coligado ao MDB.
– Por tabela, o pedido de voto para Presidente será para Jair Bolsonaro (PL), candidato de Jorginho e não Simone Tebet do MDB
– As redes sociais estão eivadas de protestos de emedebistas contra o MDB e seus personagens.
As constatações são tantas que não cabem neste espaço…
Voltaremos ao tema.