Jorginho Mello, no mês de julho, provavelmente no início da segunda quinzena, segue para Portugal. Tem uma agenda semanal, cujo ponto alto será o início dos voos diretos da TAP entre Florianópolis e Lisboa, o que vai dar um incentivo considerável ao turismo catarinense. Isso também representará um reforço ao estado vizinho dos nossos irmãos gaúchos, que continuam sendo castigados por uma tragédia.
Jorginho Mello aproveita essa oportunidade para provocar uma situação que tem tudo para ter relação direta com a eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia, em 1º de fevereiro do ano que vem.
Afinal, a definição em torno do novo comando da Alesc coincidirá com o período da próxima disputa estadual, em 2026. A vice-governadora também cumprirá uma missão internacional no mesmo período, permitindo a investidura do presidente da Assembleia, Mauro Nadal, como interino à frente da administração estadual.
Influência
Essa costura sinaliza a intenção do governador de trazer o MDB para o eixo do PL, considerando-se as articulações para a eleição dos novos dirigentes do legislativo estadual.
Força
Com os seis deputados do MDB e os 12 do PL, somam-se 18. A nova mesa é eleita com 21 votos. Os três do PP já estão alinhados com o governador do estado. Quem tem 21 votos pode ter uma maioria sólida, já que a eleição agora é por voto aberto, o que reduz a possibilidade de traições históricas.
Presidência consolidada
Em 2023, Mauro Nadal tinha 26 votos, uma vitória certa. Vale lembrar que a conquista contou com o aval do deputado Júlio Garcia, que já presidiu a Casa em três oportunidades.
Lealdade
No contexto pessoal, Mauro não teria como se opor a uma eventual tentativa de Garcia por um novo período no comando da Assembleia.
Histórico
Entretanto, vale lembrar que, na última eleição como presidente, Júlio Garcia recebeu a visita da Polícia Federal e ficou em prisão domiciliar por um período, afastado da presidência da Assembleia. Com novas delações e processos envolvendo Júlio Garcia, resta saber se ele vai enfrentar esse risco novamente ou se articulará em favor de outro nome para a presidência do Legislativo estadual.
Partidário
Se os outros cinco deputados do MDB decidirem fechar com o governador, Mauro seguiria a orientação da bancada. Tudo indica que a situação caminhará nessa direção.
Sucessor
O nome visto com naturalidade para a presidência no primeiro ano é o do representante de Joinville, Fernando Krelling.
Divisão
No segundo ano, a pilotagem da Alesc ficará com o PL. O nome natural seria o da recordista de votos, não apenas do PL, mas de toda a Assembleia, com quase 200 mil sufrágios, Ana Campagnolo.