Matemática da felicidade

Por: Luiz Carlos Prates

03/02/2016 - 06:02 - Atualizada em: 03/02/2016 - 09:35

Será mesmo que a felicidade tem uma equação matemática a explicá-la em cada um de nós? Faz séculos que pensadores da condição humana dizem que sim. Mas como é que que funciona essa tal de matemática da felicidade? “Ah, e se é matemática não há muito como fugir, é isso?” É, é isso. A felicidade é matemática e funciona assim…

Cinquenta por cento da felicidade de que podemos gozar é genética, vem de berço em forma de tendências, predisposições. Vem ou não vem, é claro. Dez por cento da nossa felicidade resultam das circunstâncias que nos cercam, que nos envolvem, e quarenta por cento dependem só de nós, dos nossos pensamentos e ações.

Esse quadro “matemático” já foi contestado, já foi confirmado e continua a ser discutido, mas há poucos desencontros. Então vamos dar de barato que é isso mesmo. Quer dizer, metade das nossas possibilidades para a felicidade vem dos genes, do berço. Não há como escapar, mudar.

O que costumeiramente acreditamos que nos vai fazer felizes, as circunstâncias que nos cercam, é o que menos nos faz felizes. Sim, mas sobram 40%, é muita coisa, que depende só de nós. E vamos convir, é muita coisa mesmo 40% por cento. Então por que há tão poucas pessoas felizes se quase a metade das nossas possiblidades – “matemáticas” – depende só de nós? Porque somos estultos, tontos, ficamos a correr atrás dos ventos e a não nos dar conta de que a felicidade só pode ser encontrada no aqui e agora… Mas vivemos a vê-la lá e então, isto é, lá, em outro lugar, e então, em outro momento. Vale dizer, o que depende de nós para sermos felizes jogamos fora, jogamos para longe.

Sim, mas e as pessoas que nos seus 50% genéticos nascem efusivas para celebrar a felicidade? Ah, essas são bem-aventuradas, chegaram ao mundo com meio caminho andado e ainda têm os outros 40% que dependem de decisões e ações puramente pessoais. Sem falar nos 10% que dependem do destino… E ninguém impede o destino de nos ajudar… Encurtando a conversa, ser razoavelmente feliz, o que já nos é bom negócio, depende de nós. Mas costumamos jogar essa possível felicidade sobre algo ou alguém. E quem coloca sua felicidade em algo ou em alguém, encurtou o caminho para a infelicidade. Fica na dependência desse algo e desse alguém. Também isso é matemático.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.