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Lunelli cobra ações urgentes do governo federal para evitar colapso dos produtores de arroz e leite em SC

Foto: Divulgação

Por: Áurea Arendartchuk

19/11/2025 - 06:11

Em pronunciamento na terça-feira (18) na Alesc, o deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) elevou o tom contra o governo federal, acusando Brasília de abandonar os produtores de arroz e leite de Santa Catarina à própria sorte. Segundo o parlamentar, a atual gestão federal “tem virado as costas para o campo catarinense”, agravando uma crise que já é considerada por ele “uma das mais severas das últimas décadas”.

Lunelli enfatizou que SC é referência nacional em produtividade e citou municípios como Massaranduba, Luís Alves e Guaramirim, que alcançam índices superiores a 8 toneladas de arroz por hectare. No leite, a retração é ainda mais alarmante: 1.548 produtores deixaram a atividade apenas no último ano, cenário que o deputado classificou como resultado direto da falta de coordenação nacional.

O parlamentar afirmou que o setor opera hoje em plena inviabilidade econômica. A saca de arroz, vendida entre R$ 55 e R$ 60, não cobre o custo de produção, que ultrapassa R$ 80. No leite, o litro pago ao produtor gira em torno de R$ 2,30, também abaixo do custo médio de R$ 2,60.
“O campo está no vermelho, sem proteção e sem política pública. É inadmissível que o governo federal assista a isso de braços cruzados”, criticou.

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Lunelli foi além e atribuiu ao governo federal a responsabilidade pelo aumento das importações de arroz e leite, classificando a prática como concorrência desleal patrocinada pelo próprio Estado brasileiro.

Medidas

Lunelli defende um pacote de ações para proteger os produtores de arroz e leite em Santa Catarina. Para o arroz, ele propõe a retomada do preço mínimo, ampliação de crédito com juros compatíveis, investimentos em logística e a suspensão das importações durante o período de prejuízo. No setor leiteiro, cobra medidas antidumping, redução de impostos sobre insumos e energia, fortalecimento das cooperativas, ampliação de crédito emergencial, renegociação de dívidas com juros de até 4% ao ano e restrições às importações com critérios sanitários mais rígidos.

 

Livramento aponta irregularidades no Cigamvali e solicita investigação do MP

O vereador Rodrigo Livramento (Novo) acionou o Ministério Público após identificar contradições, omissões e possível descumprimento da Lei de Acesso à Informação por parte do Cigamvali. Segundo ele, o Consórcio não respondeu ao ofício da Câmara dentro do prazo legal e apresentou uma “resposta” antiga, enviada à Prefeitura, sem relação com os questionamentos feitos. Além disso, embora o Cigamvali tenha declarado ter fornecido todos os dados solicitados, inicialmente entregou apenas duas notas fiscais e alguns contratos — informações que só foram completas após pressão pública, quando surgiram 45 notas fiscais e mais de 1,4 GB de documentos.

Livramento afirma que o caso expõe falhas graves de transparência, reforçadas pela inspeção no Laboratório de Inovação, encontrado abandonado apesar de mais de R$ 2,8 milhões investidos. Ele também cita contradições do próprio Consórcio, que primeiro declarou eficácia do produto pesquisado e depois classificou o estudo como preliminar, além de admitir o uso de recursos destinados ao laboratório para despesas operacionais. Para o vereador, a situação exige apuração rigorosa.

Repúdio

O deputado estadual Dr. Vicente Caropreso (PSDB) repudiou na tribuna da Alesc, esta semana, o caso de racismo e xenofobia ocorrido no jogo entre Avaí e Remo, pela Série B, e apresentou projeto de lei que cria o “Dia R – Educar para Não Repetir, Lembrar para Não Errar” no calendário oficial de Santa Catarina. A proposta ressignifica o 13 de Maio, transformando-o em um dia de mobilização permanente contra o racismo e de valorização das identidades negras e indígenas, com foco na educação antirracista nas escolas.

Projeto

Dr. Vicente destacou ainda que o projeto busca combater o racismo de forma estrutural e fortalecer a reflexão crítica sobre o protagonismo de povos que construíram o país. O deputado elogiou a postura imediata do Avaí Futebol Clube, que repudiou publicamente o ato e auxiliou na identificação da autora das ofensas. “Racismo é crime e deve ser tratado com o máximo rigor da lei”, afirmou, pedindo apoio dos colegas para a aprovação da medida.

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Áurea Arendartchuk

Jornalista com mais de 20 anos de experiência, atuei como repórter, colunista, editora e assessora de imprensa.