Este final de semana foi tenebroso para o governo Lula. Foi desanimador para o PT e foram os piores dias para o atual inquilino do Palácio do Planalto. Tudo porque vieram a público duas pesquisas de institutos historicamente muito bem adestrados e caprichosamente simpáticos ao PT e a Lula da Silva. Nos referimos ao Datafolha e ao Ipec, que é o antigo Ibope, de grandes jornadas eleitorais muito bem conhecidas pelo povo brasileiro.
Dois institutos controversos para ser o mais ameno possível. O Datafolha veio com a aprovação de Lula desabando para 24%. É o pior de todos os seus mandatos, segundo o instituto. A queda foi de 11 pontos em apenas dois meses, algo inédito para o político petista.
Uma reprovação à administração, que saiu de 34% nesse mesmo período e foi a 41 pontos percentuais.
Observemos a situação. Os dois pontos referenciais para essa perda substancial de aprovação. O primeiro, claro, o episódio do PIX, pelo qual o governo pretendia controlar todas as transações superiores a R$ 5 mil.
Negativo
Diante da reação popular, o governo puxou o freio de arrumação e Lula obrigou o ministro da Fazenda a revogar a medida.
Nas alturas
Mas não foi só isso não. Claro que a inflação provocada pela alta dos alimentos é algo que preocupa o Palácio do Planalto. A disparada nos preços evidencia claramente a razão de Lula estar despencando especialmente no eleitorado nordestino, pobre e sem instrução, que majoritariamente o elegeu em 2022.
Resgate
O pior número aferido por Lula da Silva em termos de aprovação de um de seus governos foi lá em 2005, no auge do escândalo do mensalão, denunciado pelo então deputado Roberto Jefferson.
Mensalão
O governo pagava deputados, senadores, parlamentares do Congresso para aprovar as matérias. Naquela oportunidade, a aprovação chegou a 28%.
Agora está em 24%. Situação desesperadora para o governo.
E agora?
O que vão fazer? Vão desistir de Lula da Silva como candidato à reeleição em busca de um quarto mandato? Ou vão lançar outro nome? Mas qual o candidato? Ninguém foi preparado, essa é a grande verdade. Nunca cresceu ninguém no entorno de Lula da Silva. Ele não preparou sucessores. Aí entra, também, a pesquisa do IPEC. 62% dos brasileiros rejeitam a ideia de Lula buscar a reeleição em 2026. Isso mesmo, 62%.
Pra baixo
E veja que o apoio à reeleição de Lula caiu quatro pontos, de 39% para 35%. O descontentamento reflete uma insatisfação crescente que atinge inclusive eleitores que votaram em Lula no segundo turno de 2022.
Percentual
Cerca de 30% desse grupo afirma que não deseja ver o presidente disputando novamente o cargo. Quase um terço daqueles que votaram em Lula. Em relação àqueles que votaram em Jair Bolsonaro, aí é quase a unanimidade, chegando a 95%.
Brancos e nulos
Agora, tão grave quanto os 30% que votaram nele e que não querem vê-lo candidato novamente, são aqueles que votaram em branco ou que anularam o voto. 68% não querem saber da candidatura de Lula. Ou seja, esses números, tanto em relação à aprovação do governo quanto em relação à insatisfação de uma nova candidatura de Lula, fizeram soar o alarme no Palácio do Planalto.