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O que você quer da vida?

Por: Luiz Carlos Prates

08/03/2018 - 12:03 - Atualizada em: 14/05/2018 - 14:18

Foi essa a pergunta que me fustigou as retinas assim que abri o livro “Quanto mais velho, melhor”. Um livro para pensar. Essa pergunta – O que você quer da vida? – nos exige muito tempo para a resposta. Quase sempre temos a resposta na ponta da língua, mas… Não é bem assim. Costumamos desejar o que não temos, afinal, não conheço quem deseje o que possuiu…. O sujeito dá voltas no quarteirão para namorar a Miss Brasil. Namora, casa com ela e dias depois está esticando o olho para a fulaninha ali da esquina, uma fulaninha sem graça… As crianças costumam ser assim com os brinquedos que mais cobiçam. Dado-lhes o brinquedo, puft, lá se vai o encanto e a criança vem marrenta outra vez a pedir outra coisa. É humana.

À medida que o tempo vai passando, e os mais velhos sabem disso, nossos desejos vão mudando, o que antes nos incendiava, hoje não passa de uma vaga lembrança… As experiências e a aproximação da Monja da Foice nos vão fazendo mudar os gostos. Sim, mas hoje, neste momento, o que é que você deseja da vida? Não vale responder saúde se você estiver enfermo.

Nunca esqueço de uma palestra a que assisti nos Estados Unidos e cujo título era – Peace of Mind – paz de espírito, cabeça em paz, mais ou menos isso. Será que dá para contestar? – Ah, Prates, não digas bobagens, eu quero dinheiro, muito dinheiro…!

Digamos que eu também queira, mas… Tenho certeza que uma vez garantido o dinheiro no bolso ou no banco, sobraria o quê? Sobrariam todas as inquietações que o dinheiro não pode resolver. E são quase todas na vida. Há quem diga que com dinheiro compramos até amor verdadeiro… Será? Claro que não; compramos “amor”, isso sim, mas “amor” entre aspas…

Um vestibulando quer passar no vestibular, um noivo quer casar, um vendedor quer vender, um goleiro quer pegar o pênalti, o padre quer ir para o céu, a criança quer biscoitos… Mas isso tudo até ali, até certo ponto. Querer alguma coisa na vida, a meu juízo, envolve uma relação para sempre. Dentre as que vislumbro, ser feliz num trabalho, fazê-lo até o último suspiro. Isso realiza, preenche a vida e acalma a mente. Pode ser o “Peace of Mind” dos americanos. O mais é distração. Mas é claro, cada um é cada um…

Hoje

O mandamento diz – Honrar pai e mãe. Honrar pai e mãe não é só não lhes enxovalhar o nome, é amá-los, é estar ao lado deles, não deixá-los chorosos e sentidos e bater asas para viver lá ao longe e até fora do Brasil… Vejo todos os dias filhos ingratos, levianos, desamorosos, cruzando oceanos e deixando os pais para trás por nenhuma razão especial senão para alimentar suas frivolidades e fugir das responsabilidades de estar por perto. E vejo pais dizendo que compreendem…. Mentira deles, estão aos pedaços pelo desamor desses filhos safados que se vão embora para longe. Ordinários.

Falta dizer

Frase de Napoleão Bonaparte: – “Três jornais me fazem mais medo do que 100 mil baionetas”! O velho guerreiro conhecia o “perigo” da verdade, a fortaleza dos jornais. A imprensa é o primeiro poder, nunca o quarto…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.